Taiwan assinou um pacto de livre comércio com a Nova Zelândia - o primeiro com um país desenvolvido. A medida pode reforçar o perfil internacional de Taiwan e ajudar a reduzir a sua dependência econômica em relação a China continental.
Em uma ação discreta, organizada para não provocar a China, que reivindica Taiwan como seu próprio território, o acordo foi assinado na quarta-feira em um campus universitário, sem a presença de legisladores da Nova Zelândia.
O acordo com Wellington é relativamente pequeno em termos de dólares, mas pode ajudar Taipé a fechar acordos semelhantes com outros parceiros comerciais grandes, como Cingapura, com quem as negociações estão em andamento. O comércio entre os dois países vale 1,6 bilhão de dólares da Nova Zelândia (US$ 1,2 bilhão) por ano, sob o qual a Nova Zelândia exporta principalmente produtos agrícolas, como leite, e Taiwan envia, em grande parte, eletrônicos.
"O significado político é provavelmente maior do que o impacto econômico, já que este será o primeiro acordo de livre comércio que Taiwan consegue com um país que não tem relações diplomáticas", disseram analistas do DBS Bank em uma nota publicada antes da cerimônia oficial de assinatura.
Autoridades da Nova Zelândia afirmaram nesta quarta-feira que o país aceitou Taiwan como parte da China e que Pequim estava de acordo com o pacto. O acordo refere-se ao território como Taipé Chinês. A China, maior parceiro comercial da Nova Zelândia depois da Austrália, assinou um pacto de livre comércio com Wellington em 2008. A Nova Zelândia assinou separadamente um pacto com o território chinês de Hong Kong em 2010. Fonte: Dow Jones Newswires.