Taxa de desemprego em Belo Horizonte é a maior em 4 anos

Bruno Porto - Hoje em Dia
29/05/2014 às 07:21.
Atualizado em 18/11/2021 às 02:46

(Tião Mourão)

Com um saldo negativo de 31 mil vagas (admissões menos demissões), a Região Metropolitana de Belo Horizonte registrou, em abril, uma taxa de desemprego de 8,7%, a maior dos últimos três anos e onze meses. No mês anterior, a taxa foi de 8,3%.

Esse aumento do desemprego na passagem de março para abril foi o segundo maior entre as seis regiões metropolitanas pesquisadas. Os dados são da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) divulgada nesta quarta-feira (28) pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e Fundação João Pinheiro (FJP).

Com o avanço de abril, o contingente de desempregados de BH em abril somou 212 mil pessoas.

Setor de serviços

A taxa de abril foi inflada principalmente pelas empresas de serviços, que cortaram 28 mil vagas, um enxugamento de 2,2% dos postos de trabalho do setor.

“O aumento do desemprego não foi maior porque 23 mil pessoas deixaram de ser desempregados (na passagem de março para abril) para se tornarem inativos, o que reduz o universo da pesquisa”, disse o coordenador técnico da PED, Plínio de Campos. Após perder o emprego, se a pessoa não procura nova ocupação em 30 dias, ela deixa a População Economicamente Ativa (PEA).

Das seis regiões metropolitanas pesquisadas, apenas em Fortaleza houve redução no desemprego, de 7,9% para 7,6%. E apenas Recife teve variação positiva maior que a de Belo Horizonte, indo de 12,8% para 13,3%. Em Salvador e São Paulo houve estabilidade.

As perspectivas, segundo Plínio de Campos, são de que o índice de desemprego em Belo Horizonte volte a cair. “O aumento do desemprego foi proporcionado basicamente pela redução do consumo após as datas comemorativas, como o Dia das Mães. Nos próximos meses, com Copa do Mundo e eleições, a tendência é de aumento do emprego motivado por vagas temporárias de trabalho”, afirmou o coordenador da PED.

Entre os setores da economia pesquisados, a indústria da transformação foi o único que apresentou redução no desemprego, com o aumento das vagas em 16 mil, ou alta do emprego em 5,5% em abril sobre março. Na construção, o emprego caiu 2,4%, com fechamento de 5 mil vagas, e no comércio e reparação de veículos foi apurada queda no emprego de 2,5%, com o fechamento de 11 mil postos de trabalho.
 

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