Taxação de aço traz efeito negativo, mas concorrência pode ficar mais 'equilibrada', diz Fiemg
Exportações desses produtos para o mercado norte-americano são expressivas para a economia brasileira
![(Arquivo Hoje em Dia)](https://www.hojeemdia.com.br/image/policy:1.52666.1739231938:1739231938/image.jpg?f=2x1&w=1200)
A medida adotada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de aumentar em 25% as tarifas sobre as importações de aço e alumínio trará impactos negativos, segundo a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), que destacou que as exportações desses produtos para o mercado norte-americano são expressivas para a economia brasileira.
No entanto, a Fiemg destacou que, por se tratar de uma taxação aplicada a todas as economias e não exclusivamente ao Brasil, o cenário colocaria os países em condições de concorrência mais equilibradas. O presidente da FIEMG, Flávio Roscoe, disse que a expectativa é de que o Brasil não seja prejudicado de forma significativa.
“Assim como ocorreu no primeiro mandato do ex-presidente Donald Trump, entendemos que, mesmo com a adoção de sanções, o Brasil poderá obter algumas concessões. Grande parte das nossas exportações são de produtos semi-elaborados, que passam por processos de industrialização em empresas norte-americanas, muitas delas coligadas a companhias brasileiras. Isso pode ser um fator favorável para que o Brasil não saia machucado dessa situação”, afirma.
O país da América do Norte é o maior comprador do aço brasileiro. Segundo dados do Instituto Aço Brasil, em 2022, os EUA compraram 49% do total do aço exportado pelo país. Em 2024, apenas o Canadá superou o Brasil na venda de aço aos Estados Unidos.
No caso do alumínio, a dependência dos EUA é menor. O país foi o destino de 15% das exportações de alumínio do Brasil em 2023. O principal comprador do alumínio brasileiro é o Canadá, que absorveu 28% das exportações desse produto naquele ano. Os dados são da Associação Brasileira do Alumínio (Abal).
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