(Divulgação)
Os trabalhadores negros ocupam quase metade das vagas de trabalho (48,5%) nas regiões metropolitanas do Brasil, aponta pesquisa feita em conjunto pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Fundação Seade e o Ministério do Trabalho. Os dados são referentes ao biênio 2011-2012. A proporção de negros na população ocupada alcança o maior patamar na região metropolitana de Salvador (89,2%). Em seguida, vem Fortaleza (75,6%), Recife (70,2%), Distrito Federal (68,6%), Belo Horizonte (64%), São Paulo (34%) e Porto Alegre (11,9%). Apesar do quase equilíbrio entre os negros e não negros (brancos e amarelos) na ocupação de postos de trabalhos, os rendimentos por hora do primeiro grupo (R$ 6,83) são quase a metade dos do segundo (R$ 10,69). A maior diferença entre os salário foi constatada em Salvador -negros recebem 59,86% dos vencimentos dos não negros. A menor disparidade foi registrada em Fortaleza, negros recebem R$ 5,47 contra R$ 7,23 dos brancos. O desequilíbrio volta a aparecer quando o assunto é escolaridade. O estudo mostra que a proporção de negros com ensino fundamental incompleto é consideravelmente menor em todas as áreas da economia. Na indústria de transformação, 26,1% dos negros não completaram o fundamental, contra 19,7% dos não brancos; na construção, 54,1% e 45%, respectivamente. No comércio, 26,7% ante 19% e, no setor de serviços, 23,1% e 14,1%.