Não importa em qual lugar do mundo o turista esteja, a palavra “shopping” é universal. E, em Belo Horizonte, não poderia ser diferente. Durante a Copa do Mundo, os malls da cidade têm ficado lotados de turistas, sejam brasileiros ou estrangeiros. Embora os centros de compras ainda não tenham feito um balanço de vendas, a expectativa é a de que o bolso dos lojistas fique mais cheio no período, na comparação com outras épocas.

 

No Del Rey, localizado próximo ao Mineirão, a movimentação de pessoas aumentou 30% durante o mundial, conforme afirma o gerente de Marketing, Guilherme Pimentel. Andando pelos corredores é possível ouvir idiomas de todos os cantos do mundo. 

 

O shopping se tornou ponto de encontro para quem vai ao estádio em dia de jogos, conforme ressalta. “As pessoas deixam o carro aqui e vão a pé, ou simplesmente se encontram aqui para almoçar antes dos jogos”, diz Pimentel. 

 

No Minas Shopping, o fluxo foi intensificado em 25% no último sábado, no confronto com o sábado anterior. Na avaliação do gerente de Marketing, Christian Magalhães, a proximidade do mall com o metrô e o fato de haver um terminal de ônibus com destino ao Mineirão na porta atrai quem vai aos jogos. “As nacionalidades se misturam antes e depois dos jogos. E as vendas aumentam, claro”, diz. 

 

Durante os jogos, o mall também fica cheio. Para atrair o público, um telão de 360 graus foi instalado na praça de alimentação, que caiu nas graças dos estrangeiros, assim como as lojas de vestuário e artigos esportivos. 

 

De acordo com Magalhães, a expectativa agora é com a chegada da Argentina, cujo time ficará hospedado no Ouro Minas, em frente ao centro de compras. “Já estamos esperando por eles”, diz. 

 

ATRAÇÕES

 

Com localização central, o Diamond Mall apostou em ações que atraem o turista, como exposição de camisas das seleções que participam da Copa. “Os turistas estrangeiros gostam muito. Alguns até tentam comprar as camisas”, afirma a gerente de Marketing do mall, Flávia Louzada. 

 

Ela chama a atenção para o atendimento no complexo de compras. Além do concierge, que conta com profissionais bilíngues e serviço de informação turística, o shopping contratou recepcionistas bilíngues para os três pisos do empreendimento.

 

Os turistas estrangeiros também “invadiram” o BH Shopping, na saída para Nova Lima. Segundo o gerente de Marketing do mall, Renato Tavares, a proximidade com o Hotel Caesar Business Belvedere tem atraído um fluxo grande de torcedores de várias nacionalidades. “Já se hospedaram aqui ao lado os times da Grécia e da Argélia. E Irã e Inglaterra estão para chegar. A cada partida, recebemos fãs das seleções que jogam em BH”, disse Tavares. 

 

Só no final de semana passado, o fluxo de turistas cresceu 10%. E eles não só passeiam como se alimentam, bebem, trocam dinheiro na casa de câmbio e compram mercadorias. Para atender à clientela gringa, lojistas e funcionários passaram por treinamento, com aulas de inglês e espanhol e informações sobre a cultura de muitos países. Um concierge bilíngue foi escalado para recepcionar os visitantes gringos. 

 

LOJISTA

 

A proprietária da loja de acessórios Colar, Ângela Guimarães, confirma o impacto da Copa nos negócios. Nas lojas da rede, localizadas no BH Shopping, Pátio Savassi e Shopping Cidade, as vendas aumentaram cerca de 20%. “Os estrangeiros compram mesmo. Levam pulseiras, brincos, acessórios diversos para eles e para os amigos e familiares que ficaram em casa”, diz.