As vendas de celulares seguem crescendo no País, puxadas pela comercialização recorde de smartphones, enquanto os aparelhos mais simples têm caído no esquecimento. De acordo com pesquisa da consultoria IDC Brasil, foram vendidos 17,9 milhões de aparelhos no segundo trimestre deste ano, montante 7% superior ao do mesmo período do ano passado.
Desse total, 13,3 milhões são smartphones e 4,6 milhões são celulares comuns. Na comparação com o mesmo período do ano passado, houve aumento de 22% nas vendas de smartphones e queda de 16% nas vendas dos aparelhos simples. Dentre as unidades vendidas entre abril e junho, o valor médio foi de R$ 700.
"O resultado do segundo trimestre para smartphones ficou acima da nossa previsão e representa um recorde de vendas. É a primeira vez que o País entra nesse patamar de 13 milhões de smartphones vendidos (em um trimestre)", afirmou Leonardo Munin, analista de mercado da IDC Brasil. "A expectativa é o bom momento persistir", completou.
Os dados mostram que o cenário ruim da economia brasileira - com inflação alta, crédito mais caro para os consumidores e incertezas políticas - não afetaram a categoria de smartphones.
A maior desenvoltura desse segmento está relacionado ao lançamento de novos produtos, queda nos preços, prorrogação da isenção de impostos por parte do governo e o desenvolvimentos de mais aplicativos e funcionalidades.
O analista também destaca que vem ocorrendo uma mudança de comportamento dos usuários, com o desejo crescente de as pessoas estarem conectadas a qualquer hora, em qualquer lugar, o que estimula a aquisição dos smartphones e dos planos de dados.
Para 2014, a projeção do IDC Brasil é que 75% dos aparelhos vendidos sejam smartphones e 25%, aparelhos comuns. Para 2018, a estimativa é que os smartphones correspondam a 95% dos negócios.