Venda de tratores supera expectativa em feira agrícola

Iêva Tatiana - Hoje em Dia
02/05/2013 às 09:58.
Atualizado em 21/11/2021 às 03:20

A mecanização da agricultura no Brasil vem aquecendo o setor de máquinas e implementos, com destaque para os segmentos de tratores e colheitadeiras. Um dos fatores que contribui para o movimento é a proibição das queimadas nos canaviais de São Paulo, que tem forçado os produtores a empregar maquinário em todas as etapas da produção.

O assunto foi debatido, na quarta-feira (1º), durante a Agrishow (Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação). De acordo com o diretor comercial da Valtra, Paulo Beraldi, a produção de tratores no país em 1995 era de 10 mil para cada fabricante. Cinco anos mais tarde, a produção duplicou e, hoje, está em torno de 60 mil unidades por fabricante instalado no país.
“O Brasil oferece grande potencial. Há cinco anos, ainda se falava pouco de plantio mecanizado. Atualmente, é fato que as técnicas que trazem uniformidade e redução de custos na produção são tendência”, afirma Beraldi.

Investimentos

O aquecimento do setor está atraindo a atenção das empresas, que passaram a voltar os olhos com mais interesse pelo Brasil. A New Holland, que também expõe seus produtos na Agrishow, projeta crescimento de 5% na América Latina, nos próximos cinco anos, tendo como carro chefe o território brasileiro.
“Inauguramos uma nova fábrica em Sorocaba para somar às quatro linhas de produção já instaladas em Curitiba. Se tivermos que investir em novas fábricas para atender à demanda, vamos fazê-lo”, disse o vice-presidente da New Holland para a América Latina, Alessandro Maritano, mesmo reconhecendo que um investimento numa nova planta não sai por menos do que US$ 150 milhões.
Em Minas Gerais, a aposta é na segmentação dos clientes. De acordo com Maritano, a empresa procura diversificar o produto para atender a todos os produtores do Estado, desde o de pequeno porte, levando em consideração a importância da agricultura familiar para o Brasil, que corresponde atualmente a 75% da produção nacional de alimentos.







 

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