O número de inscrições realizadas para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2017 caiu cerca de 30% em Minas, na comparação com o ano passado. Em termos absolutos, o Estado terá 288 mil candidatos a menos nas provas deste ano.
A redução está ligada ao fim da certificação do ensino médio, que até então era concedida por meio do Enem. A partir de agora, essa função voltará para o Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja), que será aplicado no segundo semestre.
Apesar da redução, Minas continua sendo o segundo estado do país com o maior número de inscrições (660 mil), perdendo apenas para São Paulo. O líder do ranking nacional teve pouco mais de 1 milhão de cadastros.
Em todo o país, o Enem teve 7,6 milhões de candidatos. Uma redução de 18% em relação a 2016, quando 9,2 milhões de pessoas se inscreveram para a prova.
Confirmações
O número de cadastros confirmados para o Enem 2017 é o menor desde 2012. Até o momento, o equivalente a 6,1 milhões de alunos devem fazer a prova, que neste ano será aplicada em 5 e 12 de novembro.
Do total dos 7,6 milhões de candidatos, 19% não tiveram o registro confirmado. O motivo é o não pagamento da taxa ou o resultado de recursos que ainda não foram julgados. Isso representa mais do que o dobro do que o contabilizado no ano passado, quando foram 648.962.
Prejuízos
Em 2016, o Enem teve um prejuízo de R$ 226 milhões com abstenções: 29% dos inscritos não compareceram às provas. Quando se considera apenas os participantes que conseguiram a isenção por autodeclaração esse percentual chega a 42%.
Repetindo a tradição de anos anteriores, mulheres representam a maioria dos candidatos. Dos inscritos neste ano, 58,6% são do grupo feminino. Além disso, do total de candidatos, 46,5% são pardos, 12,8% negros, 35,9% brancos e 2,3% amarelos. Menos de 1% é indígena e 1,9% não declarou a etnia, raça ou cor.
(* Com agências)