Na edição de 2016 do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o estado teve cerca de 948 mil estudantes inscritos para a prova - que ocorre nos dias 5 e 6 de novembro. O número de participantes é 9,66% maior do que o do ano passado e representa 11% do total nacional de candidatos. Ao todo, 8,6 milhões de brasileiros irão participar do processo seletivo.
Em Minas Gerais a maioria dos inscritos (58%) é composta por mulheres. Além disso, 32% das pessoas que farão a seleção têm entre entre 21 e 30 anos. Nesta edição também será possível utilizar nome social, medida solicitada e adotada por 38 candidatos do estado.
Para aplicar o exame, os coordenadores dos 188 municípios mineiros que terão a realização da prova passam por capacitação de oito horas promovida pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) neste sábado (3), em Belo Horizonte. Ao todo, a equipe de aplicação da prova em Minas Gerais conta com cerca de 70 mil fiscais.
Esta edição do Enem traz um novo desafio para qual os aplicadores precisam estar preparados: a identificação dos candidatos através da coleta de digital. A diretora de gestão e planejamento do Inep, Eunice Santos afirma que a identificação biométrica será adotada para evitar fraudes durante a prova.
Pela primeira vez, haverá também o uso de detectores de metais nos banheiros em todos os locais de prova. Segundo Eunice, os procedimentos têm como objetivo “aumentar a vistoria e a segurança” na edição de 2016.
O treinamento presencial é a primeira fase da capacitação de pessoal para a realização do Enem. Além da reunião com coordenadores municipais, o processo também conta com um curso online e etapas presenciais em cada cidade para que todos os aplicadores possam estar cientes dos procedimentos de segurança do exame nacional.
Uma das metas para a aplicação do Enem este ano é evitar enganos como os que ocorreram em 2015. Na cidade mineira de Santa Rita do Sapucaí, alguns alunos requisitaram aos fiscais tempo maior para terminar a prova e tiveram o pedido atendido.
O equívoco resultou em uma nova aplicação do exame para estes estudantes em dezembro, nos mesmos dias em que a prova foi ministrada para pessoas privadas de liberdade. "Este erro nos serviu de laboratório este ano. Nós pudemos aprender com ele e estamos trabalhando situações como essa com a equipe de fiscais de 2016", afirma Eunice.