Com 19 anos de vida, a Orquestra Filarmônica Ramacrisna decidiu se modernizar, e de forma pioneira, com a aquisição de 23 tablets para os músicos. Com isso, é a primeira em Minas Gerais a substituir as partituras de papel por versões 100% digitais. A decisão facilita estudo e prática dos músicos da Orquestra, que reúne jovens em situação de risco pessoal e social da comunidade de Vianópolis, em Betm, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
"Anualmente eram utilizadas aproximadamente 5.640 folhas de papel para a impressão de partituras para os ensaios e apresentações da Orquestra. Isso equivale a supressão de uma árvore e 65.600 litros de água todos os anos para a produção desta quantia de folhas", afirma Solange Bottaro, vice-presidente do Instituto Ramacrisna. "Sempre buscamos incorporar práticas que sejam inovadoras e sustentáveis e, a aquisição desses tablets reflete o compromisso do Instituto com a sustentabilidade e a preservação do meio ambiente", diz a gestora.
Fundado em 1959, o Instituto Ramascrina é uma ONG desenvolve projetos de aprendizagem, profissionalização, cultura, de geração de trabalho e renda, de tecnologia, de esporte e lazer, entre outros.
"Temos aqui, por exemplo, o FabLab (Fabrication Laboratory), um laboratório de inovação equipado com equipamentos como impressoras 3D e óculos de realidade virtual para ofertar o que há de mais moderno aos nossos alunos. Então quando surgiu a oportunidade de levar essa modernização para a nossa Orquestra, não pensamos duas vezes”, ressaltou Solange Bottaro.
O maestro Eliseu Barros, regente da Orquestra, ressalta a importância desta atualização. "Estamos orgulhosos em sermos uma das primeiras orquestras a adotar essa tecnologia no Brasil. A transição para partituras digitais não só facilita o trabalho dos músicos, mas também posiciona a nossa Orquestra na vanguarda da inovação musical. É uma honra fazer parte desse momento.", disse.
A orquestra é composta atualmente por 40 alunos e já se apresentou nos principais espaços culturais da região metropolitana de Belo Horizonte, como o CCBB, Teatro Bradesco, Cine Theatro Brasil Vallourec e Palácio das Artes.
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