Projeto de escola estadual de Minas é finalista no Prêmio Nacional de Educação Fiscal
Ação inovadora foi implementada em Contagem, nas aulas de reforço e agrupamento escolar do Plano de Recomposição das Aprendizagens
Com a proposta de conciliar temas contemporâneos e transversais para a formação integral do estudante, especialmente em relação ao letramento financeiro, a professora Eliana Demarques criou a Biblioteca Interativa da Educação Financeira e Inclusiva (Biei), na Escola Estadual Helena Guerra, em Contagem, Região Metropolitana de Belo Horizonte.
A partir dessa iniciativa a professora foi além: desenvolveu o projeto Educação Financeira, Fiscal e Ambiental para a Cidadania Global, implementado no Plano de Recomposição das Aprendizagens (PRA), como atividade nas aulas de Reforço Escolar, em várias escolas prioritárias da Superintendência Regional de Ensino (SRE) Metropolitana B, da Secretaria de Estado de Educação (SEE/MG). Agora o projeto é finalista do Prêmio Nacional de Educação Fiscal, na categoria Tecnologia. Definição de vencedores e premiação ocorre quarta-feira (4/12), em Brasília (DF).
“Nas atividades, considera-se a motivação como principal fator crítico de sucesso na alfabetização matemática e no letramento financeiro, multiplicando a cultura do empreendedorismo nas escolas. Com isso, promovemos uma aprendizagem criativa, significativa e colaborativa”, ressalta Eliana Demarques, que acredita que a ação poderá ser expandida para toda rede estadual de ensino. Ela também pretende avançar na qualidade do material didático em libras e transcritos em braille.
Expansão da Educação Financeira na Rede Estadual
O desafio de ensinar os estudantes da rede estadual de ensino sobre mercado financeiro, o uso correto do dinheiro e a aplicabilidade da moeda, vai além dos números da disciplina de matemática e da eletiva de educação financeira, componente curricular do Novo Ensino Médio.
A partir de 2025, a Educação Financeira será oficialmente um componente curricular obrigatório para as turmas do 2º e 3º anos do Ensino Médio noturno. A medida visa ampliar o alcance da disciplina que, desde 2024, já é oferecida como eletiva em escolas estaduais de Minas Gerais. O objetivo é capacitar os estudantes para lidar de forma consciente com questões financeiras cotidianas.
“A inclusão da Educação Financeira como disciplina obrigatória para o noturno reflete nosso compromisso em formar cidadãos economicamente preparados, capazes de tomar decisões financeiras responsáveis e sustentáveis”, afirmou Vanessa Nicoletti, diretora de Ensino Médio da SEE/MG.
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