O governo do Egito adiou as conversas para uma trégua permanente entre as milícias palestinas de Gaza e Israel por causa dos últimos atentados na península do Sinai, informaram neste domingo (26) porta-vozes oficiais dos movimentos islamitas Hamas e Jihad Islâmica.    Khaled Al-Batsh, da Jihad Islâmica, afirma em comunicado que as conversas, que seriam retomadas nesta segunda-feira (27), foram adiadas até novo aviso, o que foi confirmado pelo dirigente do Hamas Khalil Al Hayya em entrevista à televisão "Al Aqsa".   Ambos explicaram que a decisão corresponde à situação de emergência no Egito após a morte de mais de 30 militares em uma sequência de ataques no norte da Península do Sinai, que faz fronteira com Gaza.   As conversas estavam previstas para começar na segunda. Os esforços egípcios buscam garantir o cessar-fogo firmado no dia 26 de agosto, após 50 dias de guerra que resultou mortes de 2.150 palestinos e 70 israelenses.   Em troca de uma trégua duradoura, o Hamas e as outras milícias palestinas exigem de Israel a suspensão do bloqueio imposto à faixa em 2007, assim como a abertura de um aeroporto e um porto.   Outro ponto a ser tratado é o processo de reconstrução da faixa, bastante castigada pelos bombardeios israelenses. Israel deve permitir a entrada de grandes quantidades de material de construção, mas se nega enquanto não houver controle de uma terceira parte.

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