Eleição de BH vai medir popularidade de lideranças da política local e nacional

Tatiana Lagôa
tlagoa@hojeemdia.com.br
10/08/2016 às 07:36.
Atualizado em 15/11/2021 às 20:16

Para uns, a continuidade é o principal ativo. Para outros, a necessidade de mudança. Independentemente do mote de campanha, os principais candidatos à Prefeitura de Belo Horizonte têm uma coisa em comum: o peso dos nomes que estão por trás de suas campanhas, mesmo aqueles que negam o apadrinhamento direto. No fim das contas, o resultado nas urnas vai medir também a popularidade de figuras já conhecidas no cenário político local e nacional.

O candidato do PSD, Délio Malheiros, encabeça a coligação “BH Segue em Frente”. Com o apoio do PSB, do atual prefeito Marcio Lacerda, ele representa a situação. Tem, inclusive, como vice o ex-secretário e apadrinhado político do prefeito, Josué Valadão. “Minha campanha é de continuidade com criatividade e, claro, com novas ideias agregadas”, afirma Malheiros. 

E o esperado é que Lacerda entre “de cabeça” na campanha da coligação, puxando os votos daqueles que avaliam bem a atual gestão. “Com certeza o prefeito terá participação intensa. Eu sou o candidato que vai mostrar o que é bom e que precisa continuar. Até porque participei ativamente dos principais projetos da prefeitura”, diz ele. 

Do outro lado está a coligação “Juntos por BH” formada por João Leite, do PSDB, e o vice Ronaldo Gontijo do PPS. “Nós reconhecemos o que tem de bom e vamos manter. Mas sabemos também que muita coisa tem que mudar”, afirma Gontijo. Ele explica que a campanha terá à frente duas importantes figuras: os senadores Aécio Neves e Antonio Anastasia. “O Aécio Neves, enquanto presidente nacional do PSDB, com certeza vai dar um apoio aqui. Da mesma forma o Anastasia. Mas o João Leite também tem estrela própria, é uma pessoa muito querida”, afirma. 

O candidato do PT, Reginaldo Lopes, ligado à Jô Moraes, do PCdoB, tem como proposta o que ele chama de “rompimento com a velha política e com o modelo político eleitoral que originou todas as crises”. Na prática, eles querem deixar para trás a lógica de gastos com publicidade, comitê, dentre outros. E, justamente, por causa desses ideais, a coligação recebeu o nome de “Porque Estamos no Século XXI”. 

Além desse ideal, por trás do candidato também estão nomes de peso: o ex-presidente Lula e o governador do Estado, Fernando Pimentel. Aqueles que se simpatizam com um dos dois podem se sentir tentados a votar no candidato apoiado por eles. Não se sabe ainda se Lula chegará a subir no palanque ao lado do candidato mineiro, mas na convenção do partido, quando foi oficializado o nome do deputado para encabeçar a chapa, foi exibido um vídeo de apoio do ex-presidente. Mesmo assim, o candidato diz não ter um padrinho político. “O meu padrinho é a minha trajetória política”, afirma. 

O escolhido como candidato pelo PMDB na capital, Rodrigo Pacheco, formalmente também garante não ter padrinhos políticos. Mas, de certa forma, ele está atrelado ao presidente interino, Michel Temer. O próprio candidato diz acreditar que, por ser do partido do presidente, tem maior poder de negociação para trazer recursos para a capital mineira. “Eu não tenho padrinho mas com certeza ser do mesmo partido que o presidente da República fará diferença para negociar benefícios para Belo Horizonte”, afirma citando, como exemplo, o projeto do metrô. 

Pacheco ainda está em definição de parcerias mas já sabe que pretende seguir a linha de aproveitamento dos projetos que deram certo, como o ensino infantil, e mudança no que, na visão dele, deu errado, como mobilidade urbana. 

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