"30 anos esta noite": Emvídeo comemora três décadas em frenética atividade

Paulo Henrique Silva - Hoje em Dia
20/01/2015 às 08:00.
Atualizado em 18/11/2021 às 05:43

(André Brant)

Lembrado como o mentor de um suicídio coletivo na Guiana, em 1978, quando liderava a seita Templo dos Povos, Jim Jones morou em Belo Horizonte no início da década de 60. Essa passagem pela capital mineira, ainda cercada de muito mistério, é um dos temas do longa-metragem que marcará os 30 anos da produtora Emvideo.   Criada em 1º de janeiro de 1985, tornando-se rapidamente uma referência no universo da videoarte, a Emvideo está retomando o que seus proprietários definem como uma “fase mais cultural” da empresa, após se dedicarem à publicidade e campanhas políticas. São vários projetos em andamento, em diferentes fases de realização.   O longa-metragem que enfocará a vinda de Jim Jones a Belo Horizonte, onde morou no bairro Santo Antônio e foi professor de inglês, é um “falso documentário”, elencando histórias de pessoas famosas que, nas palavras de Marcus Nascimento, “não sabíamos que estiveram na cidade”, com uma boa dose de exagero. Nessa lista estão ainda o astronauta Neil Armstrong, o primeiro a pisar na Lua, e Orson Welles, diretor de “Cidadão Kane”, um dos melhores de todos os tempos. “Jim Jones realmente esteve aqui. Nossa ideia é mostrar como essas pessoas se relacionaram com a cidade, um lugar que é grande mas com cara de interior”, destaca Bellini Andrade.   Bellini, bem como o terceiro proprietário, Evandro Rogers, não estavam na equipe original que fundou a Emvideo numa casa localizada no bairro São Lucas. Dessa época, o único remanescente é Marcus, que abriu as portas da produtora ao lado de Eder Santos, um dos mais difundidos realizadores de vídeo do país.   Após lançarem obras como “Europa em 5 Minutos” e “Janaúba”, em formatos hoje obsoletos como U-matic e Betacam, a Emvideo cresceu, ganhou novos sócios e passou a mirar projetos comerciais. Os tempos agora são outros. “Na publicidade, o espaço foi diminuindo até perder terreno para São Paulo e Rio”, explica Bellini.   Se, no primeiros anos, eles podiam bancar a porção autoral com dinheiro próprio, atualmente ela é a principal fonte de recursos, oriundos de leis de incentivo. “Tivemos que abrir outro caminho, que também não é fácil”, destaca Bellini, definindo 2010 como o ano da “virada”.   O primeiro passo foi aprender a entender os mecanismos dos editais. “Apanhamos muito no início”, revela Bellini. Em seguida, mostrar que o famoso celeiro de videoarte não havia acabado (“Muita gente perguntava se a Emvideo tinha fechado”, confidencia). À medida que os filmes foram saindo, ganharam confiança para voltar a ser uma referência criativa em Minas Gerais.

Confira alguns trabalhos:


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