A comédia 'Minha Mãe É uma Peça 2' estreia nesta quinta em cerca de mil salas

Folhapress
Hoje em Dia - Belo Horizonte
20/12/2016 às 19:01.
Atualizado em 15/11/2021 às 22:09

Um dos maiores fenômenos do cinema nacional volta às salas amanhã. A sequência de “Minha Mãe É uma Peça”, em que o ator Paulo Gustavo vive Dona Hermínia, fará o público rir com os novos dramas dessa desbocada mãe de família. Sucesso de bilheteria em 2013, a comédia terá um lançamento grandioso, ocupando em torno de mil salas do país.

A personagem, inspirada na própria mãe de Paulo Gustavo, a dona Déa Lúcia, agora está bem de vida. Dona Hermínia tem o seu próprio programa de TV sobre a família, tema com que ela mesma não consegue lidar: com a Tia Zélia (Suely Franco) doente e os filhos Marcelina (Mariana Xavier) e Juliano (Rodrigo Pandolfo) querendo sair de casa, Dona Hermínia começa a se ver só.

Paulo Gustavo conta que não foi só sua mãe que o ajudou a construir as histórias do filme. “Nesses anos todos de Dona Hermínia, eu acabei me inspirando em outras mães, em amigos, no meu pai. Afinal, todo mundo tem um pouquinho dela”, conta Gustavo, que já interpretou a personagem também no teatro e no programa “220 Volts” (Multishow).

Novas confusões
No filme, as confusões de Dona Hermínia começam quando Marcelina decide seguir a carreira de atriz, e Juliano (que se declarou gay no primeiro filme) resolve assumir uma namorada. Além de ter de lidar com os filhos, seu ex-marido, Carlos Alberto (Herson Capri), arruma uma nova namorada, bela e jovem. A personagem ainda recebe a visita inesperada da irmã Lucia Helena (Patricya Travassos), que vive nos Estados Unidos e agita ainda mais a rotina da casa.

“Acho que a energia do filme e dos personagens tem muito a ver com a minha família. É todo mundo espirituoso, fala alto, conversa com todo mundo na rua. Não é à toa que o filme faz sucesso, porque isso não é só na minha casa. É a história de uma família comum”, diz Gustavo.

Para o ator Rodrigo Pandolfo, o Juliano, o brasileiro se identifica facilmente com o filme. “Ele retrata a identidade da família brasileira com esse jeito latino de discutir, falar alto, fala da mãe divorciada que cria seus filhos sozinha”, diz.

Juliano, aliás, dá um nó na cabeça de Dona Hermínia quando arruma uma namorada, apesar de ser homossexual. “Ela demorou a entender a identidade gay dele, e agora ele vem dizer que é bissexual e começa tudo de novo”.Downtown filmes/divulgação / N/AOS FILHOS – Juliano (Rodrigo Pandolfo), Marcelina (Mariana Xavier) e Garib (Bruno Bebianno)

Peça que inspirou longa terá sequência, e Paulo Gustavo ganha novo programa na TV 

A vida do ator Paulo Gustavo está sempre na mesma velocidade de Dona Hermínia, sua personagem: a mil por hora. “Não penso logo de cara em fazer o terceiro filme, porque, como ator, eu tenho necessidade de fazer outros projetos. O público pede e já estou programando uma sequência no teatro para o ano que vem”.

A montagem “Minha Mãe É uma Peça 2” contará, ainda, novas histórias. “Muita gente não viu a primeira, então, voltaremos com novidades”, diz Gustavo, que está em cartaz com o espetáculo “Online”, no Rio de Janeiro. 

E tem programa novo no Multishow para estrear, ainda sem data, com título provisório de “A Vila”. Nele, Gustavo viverá um ex-palhaço que estaciona seu trailer em uma vila após a falência de seu circo. 

Primeiro longa é o 6º filme brasileiro mais visto na história

O primeiro longa “Minha Mãe É uma Peça – O Filme” levou mais de 4,6 milhões de pessoas aos cinemas em 2013. Naquele ano, o país bateu recordes com a comédia. Agora, a produção se mantém em sexto lugar na lista de filmes brasileiros mais vistos.

O primeiro é de “Tropa de Elite 2” (2010), com um público que ultrapassou 11 milhões de pessoas. Com “Minha Mãe É uma Peça 2”, a aposta continua alta. O filme estará em cartaz em cerca de mil salas, segundo a distribuidora Downtown Filmes. Para se ter uma ideia, “Star Wars – Rogue One”, o longa mais aguardado do ano, está em 1.263 salas.

Outras comédias que aparecem entre os filmes mais vistos são “Se Eu Fosse Você”, “De Pernas pro Ar” e “Até que a Sorte nos Separe”, enquanto outros gêneros do cinema nacional ainda sofrem para ter público, como avalia o diretor Jayme Monjardim.

“As comédias são mais baratas e dão maior rendimento. Quando a gente faz outros gêneros, como “Serra Pelada” ou “Xingu”, o público ainda é menor”, diz Monjardim, que dirigiu “O Vendedor de Sonhos”, também em cartaz. Neste ano, estrearam ainda a ficção científica “Um Homem Só” e o religioso “Os Dez Mandamentos”.

Já 2017 terá até o terror de “O Rastro”. “Países como Rússia e Coreia do Sul cresceram explorando novos gêneros. A comédia aqui fez o trabalho dela e abriu a oportunidade de arriscarmos outras áreas”, diz o produtor LG Tubaldini.

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