A face teatral de Ingmar Bergman na montagem mineira "Sarabanda"

Vanessa Perroni - Hoje em Dia
30/01/2015 às 08:43.
Atualizado em 18/11/2021 às 05:50
 (Ricardo Portilho)

(Ricardo Portilho)

“Uma característica que poucos conhecem é que ele foi um homem do teatro”, afirma a atriz e diretora Grace Passô. O homem em questão é o sueco Ingmar Bergman, um dos maiores diretores da história do cinema mundial.
A ligação entre a produção audiovisual do cineasta e os palcos pode ser conferida pelo público no espetáculo “Sarabanda”, que cumpre três apresentações dentro do Verão Arte Contemporânea.
O resultado da adaptação do último longa-metragem do cineasta, “Saraband” (2003), para o tablado é dessas obras que merecem ser revistas. Sob a batuta de Grace e Ricardo Alves Jr., o espetáculo consegue equilibrar as duas linguagens e ousa ao levar o público para dentro do palco (literalmente).
“Criamos uma intimidade entre público e atores. Para isso, o tiramos da cadeira convencional e o colocamos em um ponto onde enxergam a máquina do teatro. O que há por trás”, explica Grace.
Assim como no filme, a peça retrata o encontro de um casal, 30 anos após a separação, envolto por uma delicada reflexão sobre os desdobramentos na vida de ambos e das pessoas que os cercam. O espetáculo conta com projeções em tempo real e trilha sonora executada ao vivo por uma pequena orquestra. A ideia da dupla de diretores é provocar no espectador sensações que só o cinema proporciona.
“Sarabanda” no Grande Teatro do Sesc Palladium (rua Rio de Janeiro, 1.046, Centro). Sexta e sábado, às 18 e 21h, e domingo, às 17h30 e 20h. R$ 16 e R$ 8 (meia).

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