A mãe de Clara e Ana agora presta tributo ao Rio

Vanessa Perroni - Hoje em Dia
Publicado em 10/05/2015 às 10:22.Atualizado em 16/11/2021 às 23:58.

A primeira paixão de Joyce Moreno, ainda na adolescência, não foi por um garoto, mas por uma cidade. “Quando aprendi a tocar violão, aos 14, a primeira canção que fiz foi sobre o Rio de Janeiro”, diz a carioca da gema, que agora extravasa todo o seu sentimento no disco “Rio”, lançado no bojo das comemorações dos 450 anos da cidade maravilhosa.

A canção em questão, “Rio Meu”, a da adolescência, está no CD, lançado primeiro no Japão (2011) e na Europa (2012) – prática recorrente na carreira de Joyce. “Tenho mais horas de voo que muito piloto. A música brasileira que flerta com a bossa nova é muito bem recebida lá fora”.

“Rio” é um fino bordado de praias, pessoas e sambas – e das desigualdades que permeiam a capital fluminense. Um repertório que expõe alegrias e tristezas. “Peguei um viés mais sentimental. O samba é o que costura as canções, feitas por cariocas ou pessoas que têm uma ligação amorosa com a cidade”.

Gente como Tom Jobim, Vinicius de Moraes, Adoniran Barbosa, Noel Rosa, Paulinho da Viola, Caetano... Mas todas ganharam uma roupagem particular. “Sempre procuro colocar minha digital, um tratamento pessoal, como se a música fosse minha”.

“Adeus América” (Haroldo Barbosa/Geraldo Jaques) abre os trabalhos – e não por acaso. “Como trabalho muito lá fora, estou sempre querendo o Rio, o samba e as coisas mais brasileiras. E essa canção simboliza isso”, esclarece.

PRINCESINHA DO MAR

Foi em Copacabana que a cantora nasceu e cresceu. A releitura de “Manhã no Posto Seis” (Armando Cavalcanti), aliás, é uma homenagem à confluência da princesinha do mar com Ipanema. “Foi onde vi tudo acontecer. Todos os músicos e estilos passavam por ali. E minha paixão pela música foi alimentada”, lembra.

O álbum inclui, ainda, “Vela No Breu” (Paulinho da Viola/Sergio Natureza), “Feitio de Oração” (Vadico/Noel Rosa) e “Valsa De Uma Cidade” (Ismael Netto/Antônio Maria).

Joyce assina “Tardes Cariocas/See You In Rio” e “Puro Ouro” – essa, aplaudindo a nova geração de compositores da cidade. “Uma moçada que leva o samba ‘pra’ frente”. No segundo semestre, ela volta ao Japão, mas estando o disco já em solo patropi, é hora de rodar por aqui também. Por São Paulo, ela já passou. E quanto a BH? “Bem, estou aguardando convites”.

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