Adriano Cintra em carreira solo

Cinthya Oliveira - Hoje em Dia
Publicado em 26/10/2014 às 10:49.Atualizado em 18/11/2021 às 04:46.

Adriano Cintra não quer mais aquela vida de correria e viagens diárias mundo afora que tinha junto ao Cansei de Ser Sexy (CSS). Quer se voltar para o mercado brasileiro e curtir sua casa em São Paulo. “Sou uma pessoa que gosta de rotina. Gosto de acordar na minha casa e ir à academia pela manhã. Não vou buscar um esquema de viajar um ano sem parar”, afirma.

Mas não foi somente o estilo de vida do artista paulistano que mudou, desde que deixou o CSS em 2011. Seu trabalho também. Depois de desenvolver o projeto Madrid com Marina Vello (ex-integrante do Bonde do Rolê), ele finalmente apresenta um trabalho com seu nome.

“Animal” (Deckdisc) é um álbum com a cara de Adriano, mas com letras em português. “Eu havia feito essas músicas em inglês e não sabia muito bem o que fazer com elas. Quando participei da coletânea em homenagem à Angela Ro Ro (“Coitadinha Bem Feito”), foi uma comoção, porque subi no palco pela primeira vez como eu mesmo. E todo mundo veio me dizer: ‘você tem que fazer um disco’’’, explica.

Para a direção artística do trabalho, Adriano procurou o jornalista Marcus Preto, que havia feito a curadoria de “Coitadinha Bem Feito”. Decidiram enviar as músicas prontas de Adriano para que outras pessoas fizessem letras. Gente graúda, como Guilherme Arantes, John Ulhoa, Kiko Dinucci, Odair José, Gaby Amarantos entre outros.

Jota Quest

Um nome que o músico fez questão que entrasse foi o de Rogério Flausino, mantendo uma parceria que havia sido iniciada com o Jota Quest no ano passado. “Eles me mandaram um e-mail dizendo que gostavam muito do som do CSS e que gostariam que eu produzisse uma música no disco novo. Respondi: ‘é claro’. Fui para Belo Horizonte algumas vezes e produzi três músicas do ‘Funky Funky Boom Boom’”.

Ele também quis no projeto a presença de Péricles Martins. O nome por trás do projeto dançante Boss in Drama assina a produção de algumas das 13 faixas.

“Quando o Madrid entrou de férias, porque a Marina se mudou para Paris, fiquei meio sem amigo para fazer música. Será que deveria montar uma banda somente para o projeto? Decidi gravar tudo sozinho”, diz Adriano, que contou com poucas participações de instrumentistas ao gravar as músicas.

E nem precisaria de muita sofisticação no primeiro trabalho solo. A simplicidade é uma marca do compositor de 40 anos. “Ali tem um pouco de tudo que já ouvi de pop em minha vida. Tem um pouco de Blitz, New Order, Jennifer Lopez e Daft Punk”, diz Adriano.

“Neste disco, me apropriei da sonoridade que é minha, que é uma mistura de eletrônica, muito pop, misturada a uma coisa mais orgânica”.

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