LITERATURA

Amantes das letras têm sábado de lançamentos na capital mineira

Autora que já garantiu um prêmio Jabuti é um dos destaques no próximo sábado (14)

Do HOJE EM DIA
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Publicado em 12/12/2024 às 20:38.Atualizado em 12/12/2024 às 21:04.

Amantes da boa literatura têm programa garantido neste sábado (14) na capital mineira, com lançamentos de obras de destaque. Na livraria Scriptum (Fernandes Tourinho 99, na Savassi) a Inmensa Editorial apresenta Oco, coletânea de poemas de Vera Casa Nova, e a narrativa ficcional República das Rosas, de Edu Tolenda. A partir de 11h30.

Lançamento duplo também na Livraria da Rua (Antônio de Albuquerque, 931), a partir de 11h. Pela Editora Miguilim, os ilustrados “A Morte Nua”, de Maurício Manzo, e “Enquanto…”, de Carolina Moreira e Odilon Moraes. 

Designer e ilustrador, Manzo nasceu na Itália e mora no Brasil desde os anos 1970. O enredo aborda o encontro singular de um homem com a morte e, a partir daí, nascem perguntas, reflexões filosóficas, questões que caminham para um desfecho surpreendente. A linguagem em pretoe branco permitiu ao ilustrador explorar  técnicas diferenciadas a partir do tema existencial -inevitável e temido. “Esse livro humaniza a morte”, diz o autor, que já tem outros livros publicados.

Fruto da parceria de Carolina Moreyra e de Odilon Moraes, “Enquanto...” ficou engavetado por cerca de dez anos até ganhar vida. A dobradinha entre o ilustrador e a escritora é representada pela coleção de uma dezena de livros ilustrados com características bem particulares, entre elas a relação entre imagem e palavra no tempo e no espaço para criar ritmo.  “É como se o tempo recomeçasse”, diz a premiada Carolina. O primeiro livro dela, “O guarda-chuva do vovô”, publicado há 15 anos, venceu o Prêmio Jabuti de autora revelação e melhor livro. 

Coleção Infame Ruído

Oco é um dos 25 títulos da Coleção Infame Ruído, produção poética sob direção de Anelito de Oliveira. A autora, Vera Casa Nova, é uma das mais importantes poetas brasileiras em atividade. Carioca radicada em BH desde o fim da década de 1970, é professora da UFMG,  pesquisadora, ensaísta e tradutora.

República das rosas, de Edu Tolenda (nome literário do professor da UFU Eduardo Tollendal, recentemente falecido) é uma das mais surpreendentes reconstruções narrativas dos anos de chumbo no Brasil, as décadas de 1960 e 1970, quando o país foi submetido a uma das ditaduras militares mais brutas das muitas que marcaram a América Latina no período.

Ficção tecida num corpo a corpo irreverente com a história, República das rosas desvela, com agudeza crítica e brilhante senso de humor, meandros de um processo histórico altamente complexo que traumatizou toda uma geração que ali vivia seus verdes anos.

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