Há exatamente um ano o mundo se deparava com uma das mais anunciadas mortes entre artistas contemporâneos. No dia 23 de julho de 2011, a cantora Amy Winehouse foi encontrada morta em sua casa, localizada no boêmio bairro de Camden, em Londres. A “maldição dos 27 anos” estava de volta.

Foi com essa idade que morreram os também talentosos Jimi Hendrix, Janis Joplin, Brian Jones, Jim Morrison e Kurt Cobain. Os meses seguintes foram tomados por uma grande repercussão na imprensa sobre o motivo da morte da cantora. Seria overdose, todos apostaram. Análises indicaram que ela não morreu por causa do uso de drogas, mas por ter bebido muito álcool depois de passar por um período de abstinência.
 
Um ano após a morte da cantora ter tomado conta de toda a imprensa, fica uma pergunta: Amy Winehouse continuará sendo ouvida e cultuada com tanta intensidade?

Para o diretor de programação da Rádio Guarani FM, Kiko Ferreira, a cantora se tornou um ícone atemporal e, por isso, continuará sendo tocada nas rádios que abrem espaço à canção internacional.
 
“Mesmo com pouco tempo de carreira, ela se tornou um clássico, um ícone do soul tão importante quanto Aretha Franklin. Amy está incorporada à discoteca básica da Guarani e vai tocar sempre”, diz Ferreira.

Kaiser Henrique Alves, diretor artístico da CDL FM, concorda. “A música é mais forte do que o artista. John Lennon e Janis Joplin são artistas que marcaram época e continuaram sendo tocados no rádio. As músicas de Amy continuarão sendo ouvidas, assim como as de Lennon continuam sendo”, afirma.

Back in Black

Amy Winehouse se tornou conhecida na Inglaterra em 2003, graças ao single “Stronger Than Me”, carro-chefe de seu primeiro álbum “Frank”.

O estrondoso sucesso mundial aconteceu em 2006, quando saiu seu “Back in Black”, um dos melhores álbuns produzidos na primeira década do século 21. Estima-se que foram vendidas 30 milhões de cópias do álbum.

Em dezembro do ano passado, foi a vez de sair o álbum póstumo “Lioness: Hidden Treasures”, com gravações de estúdio que ainda não haviam sido divulgadas em discos. O pai da cantora, Mitch Winehouse, afirma ter guardadas outras gravações que podem ser inseridas num futuro álbum.

Embora tivesse uma voz inconfundível e um incontestável talento para compor, Amy Winehouse não ficou famosa apenas por suas músicas. Muita gente não conhecia sua obra, mas a reconhecia facilmente por seu cabelo retrô e o estilo rebelde – maquiagem exagerada, tatuagens por todo corpo e vestidos bem apertados.

O uso de drogas e a paixão pelo álcool não eram segredos para ninguém – pelo contrário, eram motivações para as letras. Chegou ao ponto dos fãs irem ao show e esperarem por uma queda ou uma grande gafe.