O sorriso escancarado, que chama a atenção na colorida foto escolhida para servir de capa ao mais recente CD da cantora e compositora carioca Ana Costa – “Hoje é o Melhor Lugar” (lançamento Zambo/Biscoito Fino) – já insinua o alto astral que serve de fio condutor às composições selecionadas para o repertório.
Em entrevista ao Hoje em Dia, a artista conta que sua nova investida na carreira fonográfica é mais “simples” do que as anteriores, uma vez que a escolha do repertório se aproximaria das populares rodas de samba. “O repertório foi pintando naturalmente, por meio da prática nas rodas de samba, durante o período de lançamento do álbum anterior”, destaca a cantora, referindo-se a “Novos Alvos”, de 2009.
O show de lançamento oficial do novo repertório está previsto para acontecer no dia 24 de julho, no palco do Teatro Rival do Rio de Janeiro, reduto tradicional do samba.
Mas o espetáculo deve viajar bastante. A cantora, vale lembrar, já esteve em Belo Horizonte duas vezes, e, se depender de sua vontade, logo, logo estará de volta. “Quero muito voltar à capital mineira e este novo CD certamente vai permite viajar bastante, pelo repertório fácil”, disse Ana, fazendo uma alusão ao poder que as músicas têm para conquistar o público de imediato.
Das 15 canções que compõem o repertório de “Hoje é o Melhor Lugar”, três são composições de Ana Costa: sendo que, na faixa título, ela divide os créditos com Zélia Duncan. Já a faixa “Perdeu” é fruto da dobradinha com Mu Chebabi, e “Sou o Samba”, com Agrião.
Espinha Dorsal
Ana Costa ressalta, ainda, que algumas regravações, como “Peso e Medida” (Alceu Maia e Zé Katimba), “Filosofia de Vida” (Martinho da Vila, Marcelinho Moreira e Fred Camacho) e “As Coisas que Mamãe me Ensinou” (Leci Brandão e Zé Mauricio), foram escolhidas a partir da música “No Bar” (Serginho Procópio e Evandro Lima) que exerceu a função que ela compara como a de uma “espinha dorsal” para a escolha do repertório, que, no conjunto, explicita seu apreço pelo samba.
Entre suas influências musicais estão Martinho da Vila (em primeiro lugar, como destaca) e Beth Carvalho. “Mais Jorge Aragão pela sofisticação nas harmonias. E a Velha Guarda. Com eles aprendi muita coisa, o samba despretensioso, sambas emocionados”, diz Ana.
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