Uma das maiores diversões de “O Franco-atirador”, que estreia nesta quinta-feira (7) nos cinemas, é tentar descobrir as razões de Sean Penn protagonizar esse thriller de ação de história manjada, sobre ex-assassino profissional que terá que acertar as contas com o seu passado criminoso.
Um dos atores mais politizados do cinema americano e que, antes de exibir os músculos, conseguiu evitar entrar nesses projetos caça-níqueis, Penn é o mais novo “sócio” de um clube que vai de Arnold Schwarzenegger (em “Comando para Matar”) a Liam Neeson (“Noite sem Fim”).
Esse último, por sinal, esteve em “Busca Implacável” (2008), o trabalho mais rentável do diretor francês Pierre Morel. Há pontos em comum entre as duas produções, como os perigos reservados em países estranhos e a dificuldade de conciliar a profissão com a família.
Enquanto Neeson quase perde a filha adolescente para traficantes albaneses, Penn tenta proteger a ex-namorada e sua própria pele de seus antigos chefes – mineradoras que usavam métodos pouco convencionais para manipular a situação política no Congo.
Cenas frustrantes
Assim como Neeson, Penn também faz o estilo “brucutu”, distribuindo socos e atirando em tudo que surge pela frente, sem pensar duas vezes. Sua garota (a bela atriz italiana Jasmine Trinca, de “Saint Laurent”) faz poses sensuais, apenas para dar um refresco às cenas violentas.
Frustrada a expectativa de ver o diretor de “Na Natureza Selvagem” interromper a ação e promover algum discurso engajado (os créditos revelam que ele deu pitacos no roteiro), também é de se estranhar o que levou o espanhol Javier Bardem a se meter nesse filme-testosterona.
Bardem protagoniza momentos constrangedores, revelando grande ciúme pelo já enrugadinho Penn e roubando a namorada dele por oito anos (que parecem ter sido minutos após ela se jogar nos braços do ex).
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