(Reprodução/YouTube/Paramount)
“Sonic” deverá ser lembrado, no futuro, como o filme responsável por recolocar Jim Carrey na crista da onda, após quase uma década fora dos holofotes. O comediante é a melhor coisa desta adaptação do famoso jogo eletrônico com o veloz ouriço azul.
Uma das estreias desta quinta-feira nos cinemas, o filme lembra “Alvin e os Esquilos”, ao exibir um protagonista animado chatinho e intrometido e um ser humano boboca a tomar conta dele, reunidos numa história batida: cientista maluco quer retirar os poderes do alienígena.
No papel do cientista, Carrey apresenta o seu velho e funcional arsenal de caretas e movimentos. A expressividade dele contrasta com a falta de carisma de Sonic e de seu amigo terrestre, vivido por James Marsden. Eles tentam em vão emplacar uma mensagem de valor à amizade.
Dirigida pelo pouco experiente Jeff Fowley (“Sonic” é seu primeiro longa), a narrativa ganharia certamente um plus se buscasse um viés mais surreal e ágil. As interações com os seres humanos seriam mais divertidas e amalucadas, como num desenho dos “Looney Tunes”. Sonic não deixa de ser uma versão do Papa-Léguas. E Carrey uma espécie de Coiote.