
“Je sui ici” (em tradução livre ‘eu estou aqui’) ainda que não queiram”, canta a soteropolitana Luedji Luna música “Um Corpo No Mundo”, canção que dá título ao seu disco de estreia, que ela apresenta hoje em Belo Horizonte.
A frase dá o tom da mensagem que a cantora quer passar. Inspirada em sua mudança de Salvador para São Paulo, nesta canção Luedji reflete sobre a presença dos corpos negros na metrópole. “Mais da metade da população do Brasil é construída negros. Quis falar do lugar desses corpos”, explica.
Trata-se de um expansão temática, já que foi a partir da música “Um Corpo No Mundo”, lançada em 2016, que o projeto para o álbum de estreia de Luedji ganhou força. “A partir dela veio a demanda pelo disco e assim ele nasceu”, conta a cantora. Uma ideia acertada e reconhecida: com o disco, Luedji recebeu o prêmio Bravo 2018 na categoria “Na Mira”, relativo a novos artistas.
Sonoridade
Com uma banda composta por músicos de vários lugares do mundo, o álbum traz um pouco de cada lugar. “No processo de gravação todo mundo ficou livre para arranjar como quisesse, cada um colocou sua identidade, por isso é um som difícil de se rotular”, pontua. “Falo de onde eu pertenço: é à música do mundo mesmo”, acrescenta.
Se apresentando pela primeira vez ao lado da banda com a qual gravou o disco, Luedji destaca a expectativa para o show na capital mineira. “Estou muito feliz, já me apresentei em BH, mas foi em uma participação”, rememora a cantora. Agora é ela quem traz uma parceria ao palco e no show, ao se unir ao rapper e destaque da cena local Djonga. “Ele é um parceiro, um amigo. Será um show muito divertido e surpreendente”, promete.
Serviço: Luedji Luna , hoje, às 20h no Teatro Bradesco (Rua da Bahia, 2244 – Lourdes). Ingressos: R$ 15 (meia) a R$ 30 (inteira)