tango

Banda belga Sónico faz única apresentação neste sábado em homenagem a Piazzolla

Da Redação
portal@hojeemdia.com.br
01/10/2022 às 13:32.
Atualizado em 01/10/2022 às 13:42

Belo Horizonte encerra a turnê brasileira da banda Sónico, que homenageia Astor Piazzolla e e Eduardo Rovira, depois de passar por São Paulo e Porto Alegre. (Griet De Cort / Divulgação)

O grupo é belga, mas o som é o mais famoso estilo musical portenho. Quem curte o brilhantismo do argentino Astor Piazzolla, que revolucionou o tango clássico incorporando  recursos elementais do jazz, pode conferir neste sábado a única apresentação da vanguardista banda Sónico. 

O grupo de Bruxelas foi criado em 2015, com a proposta de dar um novo gás aos encantos do tango argentino, revisitando a disrupção que marca a congruência entre os dois mestres do chamado “novo tango”: Astor Piazzolla e Eduardo Rovira.

La Noche del Encuentro recria a atmosfera da envolvente Buenos Aires, oferecendo uma experiência única ao público, com a essência do charme e da sedução impressos na alma dos “hermanos” argentinos.

O ineditismo de Lysandre Donoso (bandoneón), Stephen Meyer (violino), Alejandro Schwarz (violão), Ariel Eberstein (baixo acústico) e Ivo De Greef (piano) é uma celebração ao centenário de nascimento e aos 30 anos da morte de Astor Piazzolla, além da releitura do potencial criativo da obra de Eduardo Rovira.

A genialidade de Piazzolla foi muito condenada na tradicional Argentina. O artista era insultado nas ruas e ele chegou, inclusive, a ser chamado de “assassino do tango”. Mas sua obra superou o tempo e a raiva se transformou em amor e admiração por fãs portenhos e de todo o mundo.

Sobre Piazzolla

Nascido em Mar del Plata, na Argentina, em 1921, Astor Pantaleón Piazzolla era o filho único de um casal de imigrantes italianos. A família viveu mais de uma década em Nova York. Aos oito anos, ganhou do pai o primeiro bandoneón e, aos nove, começou a estudar  música clássica com um pianista húngaro. 

Sua trajetória passa por Carlos Gardel, que abriu espaço para uma tímida participação do talentoso jovem no filme “El Día que me Quieras”, e pelas influências eruditas de Bach e Stravinsky. A obra-prima “Adiós Nonino”, composta em memória do pai, foi o tango preferido de Piazzolla. “Libertango”, de 1975, é considerada ícone da reinvenção da música 
popular de Buenos Aires. Piazzola morreu em julho de 1992.

Sobre Rovira

Eduardo Oscar Rovira caminhou lado a lado com Piazzolla em busca de uma nova roupagem para o tango, que rompesse com o modelo tradicional e incorporasse uma estética inédita para a sonoridade em proposição evolutiva. 

A contemporaneidade dá luz e voz à interseção da obra dos dois magos, reconhecidos e valorizados pela modernização do ritmo portenho. O talento audacioso de Rovira perpassa a criativa e autêntica combinação das raízes populares com o jazz e a música clássica. Rovira compôs em torno de 200 tangos e quase uma centena de peças de música de câmara. 
A participação nas orquestras infantis de Franscisco Alessio e Vicente Florentino marcam o início da majestosa vida musical. O criador da emblemática “Sónico” nasceu em Lanús, Argentina, no dia 30 de abril de 1925, e morreu aos 55 anos, vítima de uma parada cardíaca, em La Plata.

O Projeto Full Jazz 2022 traz, em sua segunda edição, a banda belga Sónico para única
apresentação em BH, neste sábado, às 21h, no Grande Teatro do Sesc Palladium. 

SERVIÇO
Show: Sónico em Astor Piazzolla Y Eduardo Rovira – La Noche del Encuentro
Data: 1º de outubro – Sábado
Horário: 21h
Local: Grande Teatro do Sesc Palladium (Rua Rio de Janeiro, 1046 - Centro)
Ingressos:
De R$ 25,00 a R$ 80,00
Vendas:
Bilheterias do teatro ou pelo link: https://bileto.sympla.com.br/event/76602
Classificação Etária: 10 anos

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