MÚSICA

Banda cover mineira pega carona em show de Guns n' Roses no Mineirão

Banda conver

Paulo Henrique Silva
phenrique@hojeemdia.com.br
12/09/2022 às 07:25.
Atualizado em 12/09/2022 às 07:26
Grupo mineiro foi criado há 11 anos e hoje tem um setlist mais extenso que o do próprio Guns (Divulgação)

Grupo mineiro foi criado há 11 anos e hoje tem um setlist mais extenso que o do próprio Guns (Divulgação)

O baixista Júlio Di Buccio não tem nenhum pudor em dizer que a Locomotive toca mais músicas do Guns n’Roses do que a própria banda liderada por Axel Rose. “Esse é o nosso forte. A gente toca tudo!”, diverte-se o fundador do grupo cover criado há 11 anos no bairro Novo Riacho, em Contagem.

Nesta terça-feira, Júlio e os demais integrantes da Locomotive estarão “na grade” do Mineirão, bem próximo ao palco, para acompanhar o show da banda californiana que os inspirou. O baixista já sabe o setlist, o mesmo que eles vêm apresentando nos muitos “esquentas” realizados nos últimos dias.

“O volume de shows é bem alto, principalmente com a chegada do Guns ao Brasil. Estamos comemorando e preparando o coração da galera para amanhã. Estão todos eufóricos”, registra Di Buccio, que já pôs no repertório as quatro músicas do recém-lançado EP “Hard Skool”, o primeiro de inéditas desde 2008.

Mas ele garante que o público gosta mesmo é das “velhinhas”, hits que grudaram no ouvido como chiclete. Entre eles “November Rain”, “Paradise City”, “Don’t Cry”, “Patience”, “Welcome to the Jungle” e “You Cold Be Mine”, presente na trilha sonora de “O Exterminador do Futuro 2”, lançado em 1991.

Não são todas que estarão no setlist de amanhã. Di Buccio nota que o grupo está “rodando” algumas músicas como forma de preservar a voz de Rose. “Algumas delas são mais puxadas e ele já não está tão novinho para cantar daquele jeito. É preciso saber a hora de dosar”.

Sobre Jefferson Gonçalves, também fundador da Locomotive e “cover” de Rose, ele não tem dúvidas a respeito da capacidade vocal. “Ele? Aguenta! Faz todos os drives (efeitos rasgados no canto) e o pessoal ainda curioso que o Jefferson consegue conversar depois do show”, registra.

Ele conta que cada membro tem um carinho especial pelos integrantes originais. “Não se trata apenas de tirar a música, né? É a forma como toca também, os trejeitos... Quem é fã sabe como o cara anda no palco. Nosso vocalista, por exemplo, possui as mesmas tatuagens do Axel”, revela.

Raul Costa, o “Slash mineiro”, no entanto, destoa um pouco, já que tem... pouco cabelo. “Mas se você fechar os olhos vai achar que é o Slash tocando. Esse é um ponto forte nosso: a fidelidade à sonoridade do Guns. Às vezes você se veste igual, mas no som fica devendo”.

Segundo o baixista, o fã do Guns é “um cara muito chato, que sabe cada detalhe” das músicas. “Fazer tributo é uma coisa perigosa porque você fica sendo comparado o tempo todo. Óbvio que a gente não conseguirá fazer 100% igual, mas o mais próximo possível temos que chegar”.

Hoje com 37 anos, Di Buccio só tinha oito quando o clipe de “November Rain” foi lançado. “O meu irmão, que tocava guitarra, estava vendo na TV e eu sentei ao lado dele. Não entendia direito, mas a imagem do Slash me marcou muito. Depois fizemos a banda do bairro e começamos a tocar. Foi assim que tudo começou”.

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