Banda pernambucana Mombojó explora recursos tirados do computador

Cinthya Oliveira/Hoje em Dia
Publicado em 01/09/2014 às 07:45.Atualizado em 18/11/2021 às 04:01.
 (Divulgação/Mombojó )
(Divulgação/Mombojó )

Ano passado, a banda pernambucana Mombojó lançou o álbum “11º Aniversário”, com versões diferentes para os sucessos de seus três primeiros discos. Não demorou muito para o quarteto entrar em um momento de reflexão. “Ficamos pensando: acabamos de fazer 30 anos de idade e já estamos fazendo releituras de nossas músicas. Decidimos que era hora de fazer uma coisa totalmente nova”, afirma o vocalista, Felipe S.

A “coisa totalmente nova” em questão é o álbum “Alexandre” (Slap/Som Livre). Nesse trabalho, o grupo volta a investir em experimentação. “A novidade está no modo operante. A gente já usava o programa proTunes nas gravações e, dessa vez, passamos a usá-lo como um elemento musical. Já compomos pensando nas alterações feitas pelo computador. Isso facilitou para que tivéssemos ideias visuais antes da criação. Para a música ‘Perigo’, por exemplo, pensamos em um filme de perseguição”, conta Felipe S.

Até o som do bater de uma bolinha de pingue pongue foi tirado da internet para ser alterado no computador e inserido em uma música. “A gente se permitiu ter ideias novas. Como o uso de uma fala de um amigo alemão nosso na música ‘Alexandre”, diz o vocalista.

Outra novidade é que, nesse disco, o Mombojó se permitiu ser menos “brasileiro” e mais “universal”. Tanto que a língua inglesa aparece em várias músicas, como “Hello” e “Summer Song”. As participações de Céu, China, Pupillo, Dengue (esses dois da Nação Zumbi) incrementam ainda mais a sonoridade contemporânea.

Assista ao clipe da música Papapa:

Turnê

Vale acrescentar que está no ar uma campanha do grupo para o financiamento coletivo de uma turnê pelo Brasil, chamada “Peça Mombojó em sua Cidade” (www.queremos.com.br/mombojo). Até o dia 30 deste mês, pessoas podem pedir a realização de shows em suas cidades.

Se houver vários pedidos, são abertas as vendas de ingressos. Se a cota mínima for atingida, a apresentação acontece. Além da entrada, o apoiador ainda pode ganhar “mimos” (camisetas, discos, visitas ao camarim etc).

“A gente toca muito em Recife, em São Paulo e no Rio de Janeiro. Precisamos sair da zona de conforto e partir para novos mercados. Como o mercado independente é muito difícil, tivemos que procurar soluções alternativas. Os próprios fãs podem se mobilizar para produzir esses shows”, diz Felipe S. Detalhe: Belo Horizonte ainda não figura na campanha. Assim, quem é fã, tem que entrar no site e dizer que, sim, quer um show do Mombojó.











 

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