(Divulgação)
Resultado do vácuo de filmes de arte em Minas Gerais, três filmes listados entre http://bit.ly/SdvL88 ainda não estrearam na capital mineira: "Mistérios de Lisboa" (quarta colocação), de Raúl Ruiz, "Minha Felicidade" (nona), de Sergei Loznitsa, e "Essential Killing" (décima), de Jerzy Skolimowski.
No caso de "Mistérios de Lisboa", que marca o último trabalho do realizador chileno (radicado na França) Raúl Ruiz, falecido em 2011, há uma desculpa para sua dificuldade em entrar em circuito: a duração. O filme tem 4h15, com uma narrativa que faz jus a esse tamanho: muitas sub-tramas, personagens complexos e trabalho vertiginoso de câmera em torno de um pseudo-folhetim passado no século 19.
"Minha Felicidade" traz a assinatura de Loznitsa, diretor russo homenageado na mais recente edição da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. Seu cinema é crítico em relação à história da Ucrânia, usando o passado – especialmente a Segunda Guerra Mundial – para falar do presente. Seu mais recente filme, "Na Neblina", ganhou o prêmio da crítica no Festival de Cannes de 2011 e também permanece inédito.
Já o policial "Essential Killing" ganhou apresentação na capital minera em mostra especial sobre o novo cinema polonês, ocorrida no Cine Humberto Mauro no mês passado. Recebeu o prêmio especial do júri no Festival de Veneza, além do troféu de ator para Vincent Gallo.
Outros longas, como "Drive" e "Fausto", passaram pelas salas igual a um meteoro. O caso de "Drive" foi mais grave, porque sua exibição aconteceu no circuito comercial, sem divulgação e cabine para imprensa.