BH é cenário para ‘Elon não acredita na morte’

Paulo Henrique Silva
phenrique@hojeemdia.com.br
Publicado em 26/04/2017 às 17:04.Atualizado em 15/11/2021 às 14:18.
Durante as filmagens de “Elon Não Acredita na Morte”, em cartaz a partir de hoje nos cinemas, o ator Rômulo Braga vivia um “momento de transição louca” na vida, precisando resolver certas situações de forma urgente, como conseguir uma casa para morar. “Essa corrida foi boa para o processo do filme”, observa Rômulo, personagem-título, tenso da primeira à última cena, sempre em confronto com quem aparece à sua frente.
 
Elon passa toda a trama em busca da esposa (Clara Choveaux). Madalena desaparece misteriosamente e não volta para casa depois do trabalho. Na longa jornada por respostas, o marido se depara com mal-entendidos e estranhos encontros. “Foi instigante fazê-lo. Por incrível que pareça, apesar de cansativo e trabalhoso, também foi leve e comunicativo. Isso porque eu estava bem amparado, principalmente pela direção do Ricardo (Alves Jr.). Era menos psicologia do ator e mais estudo de cena”, registra o ator.
 
Nascido em Brasília, mas há vários anos residindo em BH, Rômulo destaca que, apesar desse processo meticuloso, havia espaço para improviso. “Antes de filmarmos, fazíamos o estudo de cena. Mas no take havia abertura para que (a improvisação) acontece. No take seguinte, ela era incorporada, havendo uma ressignificação”, explica. 
 
De perfil mais calmo, ele lembra, divertido, que o diretor sempre lhe pedia para deixar de lado o “Rômulo zen-budista”. “Ele queria outra pilha, outra onda. Eu sempre tive essa tendência paradona, de deixar o tempo correr, mas aí me pedia para fazer algum movimento, para provocar alguma tensão”, detalha. 
 
A dificuldade era que a câmera “seguia” o personagem, filmando quase sempre de costas. “Como gerar um estado de proatividade nesses casos? Ficava tentando descobrir pequenos movimentos, como entortar a cabeça”.
 
Câmera parceira
Rômulo compara o trabalho com a câmera como uma dança a dois. “Ela foi totalmente parceira. Às vezes há uma parede entre ator e fotógrafo, que pode ser bom ou ruim. Nesse caso, eu estava sempre ligado no movimento dele”, sublinha o ator, que também pode ser visto nas telonas no filme “Joaquim”, de Marcelo Gomes. 
 
O cenário de “Elon” é Belo Horizonte, mostrada de forma “mal iluminada, a partir de lugares ermos que as pessoas costumam ver de longe, passando de carro, onde circula uma parcela da população que você não vê”.
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