(Nayeli Benhumea)
A proposta é se consolidar como um centro cultural aberto à comunidade. Imbuídos desse ideal, o C.A.S.A – Centro de Arte Suspensa e Armatrux – recebe, de nesta sexta-feira (17) a agosto de 2016, uma vasta programação, que reunirá múltiplas linguagens artísticas.
O start se dará com o encontro entre a Companhia Suspensa e a bailarina argentina (radicada no México) Bárbara Foulkes, no projeto “C.A.S.A. Residência”, que recebe artistas para ensaios, apresentações e intercâmbio de experiências. A parceria teve início em abril, em San Luis Potosí, México. Agora, eles voltam a se encontrar para a peça-cênica “SobreVoo”, que será apresentada nesta sexta-feira (17), às 21h.
Patricia Manata, da Suspensa, conta que, há dois anos, o grupo conheceu, no encontro “Interferências”, a bailarina mexicana Alma Quintana. Na ocasião, após uma oficina ministrada pela Suspensa, Alma mencionou Bárbara, que teria um trabalho similar ao da companhia mineira. “E, de fato, a semelhança era grande”. Contatos feitos, veio a ideia da parceria, viabilizada com recursos do Prêmio Iberescena.
Fruto, pois, de uma residência que durou aproximadamente três meses – divididos entre o território mexicano e o brasileiro – “SobreVoo Brasil-México” é, segundo Patrícia, uma investigação sobre “maneiras diferentes de pensar a dança aérea”.
“O corpo em suspensão, as funções e disfunções da cadeira como objeto comum as duas pesquisas”.
Foco
A primeira etapa, em território mexicano, prossegue ela, envolveu troca de procedimentos e metodologias de trabalho. “Como cada um trabalha o corpo em suspensão, quais questionamentos aproximam ou distanciam as maneiras de trabalhar com objetos e com a suspensão”. Na segunda, o foco foi a seleção do material a ser apresentado, “e qual seria a melhor forma de compartilhar essa experiência com o público”, conclui Manata. “SobreVoo” – Nesta sexta-feira (17), às 21h. C.A.S.A (Rua Himalaia, 69, Vale do Sol, Nova Lima). R$ 10 (inteira)
10 meses é o tempo de duração do novo ciclo de atividades, que abarca, por exemplo, o FID (em novembro) e o mumia (dezembro)