Carlos Bracher segue os passos de Aleijadinho em releitura

Paulo Henrique Silva - Hoje em Dia
19/10/2014 às 09:01.
Atualizado em 18/11/2021 às 04:40

(Pollyana Assis/Divulgação)

“Ele é o cara! Um figuraça”, resume o artista plástico Carlos Bracher, ao falar da importância de Antônio Francisco Lisboa – nome de batismo de Aleijadinho, grande mestre do barroco mineiro. Esse jeito descontraído reflete o tom pessoal adotado por Bracher ao fazer uma releitura da obra do mestre no documentário “Nos Passos de Aleijadinho”, dirigido por Frederico Tonucci.   O filme será exibido no próximo mês, durante a 37ª Semana do Aleijadinho, que lembrará os 200 anos de morte do escultor. O apreço de Bracher pela obra de Aleijadinho irá além do documentário, desdobrando-se em exposição e livro.   A base desse projeto é a concepção de cerca de 70 telas inspiradas em Aleijadinho. Bracher percorreu várias cidades que receberam obras do mestre e pintou os quadros in loco, entre transeuntes e curiosos. “O bom é quando tem gente. É essa interação que dá beleza ao projeto”, afirma Bracher.   Performático   Tonucci define a participação do artista juiz-forano como responsável por uma linha mais poética, que é costurada às informações biográficas de Aleijadinho. “Bracher é muito performático. Enquanto executa suas obras, ele brinca com as pessoas que passam por aqueles lugares históricos”. Nos quadros, a fidelidade às obras não foi uma preocupação. “É uma releitura da obra dele, que sempre me seduziu. Algo inevitável para quem é de Minas”, assinala Bracher, que usou técnicas de óleo sobre tela, aquarela e uma aplicação híbrida que parte do realismo da fotografia.   “Nos Passos de Aleijadinho” também traz depoimentos de especialistas como Marcos Paulo de Souza Miranda e Myriam Andrade Ribeiro de Oliveira. Será exibido nas cidades barrocas entre 1º e 30 de novembro. No caso de Congonhas, o local escolhido é uma das capelas dos Passos da Paixão.   A grade de comemoração da 37ª Semana do Aleijadinho terá palestras, manifestações culturais de rua, realização de concertos, oficinas e missa solene, além do lançamento do livro “Aleijadinho-200 Anos” e da exposição “Aleijadinho 200 Anos: Tributo de Bracher”.

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