Chega ao Brasil “People, Hell & Angels”, disco póstumo de Jimi Hendrix

Cinthya Oliveira - Hoje em Dia
Publicado em 25/03/2013 às 16:06.Atualizado em 21/11/2021 às 02:15.
 (Sony/Divulgação)
(Sony/Divulgação)

Jimi Hendrix morreu em 1970 e não demorou muito para que o material registrado em estúdio alimentasse discos póstumos. Entre 1971 e 2010 foram seis álbuns póstumos.

Por isso é normal que se fique com um pé atrás ao ouvir o recém-lançado “People, Hell & Angels”. Uma pergunta pertinente: o que haveria ainda de especial para ser lançado quatro décadas após sua morte?

Para uma enorme felicidade dos roqueiros, o tesouro escondido por tanto tempo reluz muito mais do que o material já conhecido. Com 12 sobras de estúdio, “People, Hell & Angels” já chega ao mercado como um dos principais lançamentos do ano – quiçá da década.

As relíquias estiveram tanto tempo guardadas por conta da extensa luta judicial entre o pai de Jimi, Al Hendrix, e um advogado, e posteriormente entre os irmãos do guitarrista.

São músicas gravadas entre 1968 e 1970 com músicos diferentes do trio original Jimi Hendrix Experience. É um disco muito especial pois foge do diálogo entre guitarra e bateria trabalhado na maior parte de sua carreira. Aqui há uma maior variedade de sons e estilos, contando com metais, teclados, percussão e, até, uma segunda guitarra.

Entre os músicos que participaram dessas sessões, estavam Stephen Stills, do Buffalo Springfield, o baterista Buddy Miles e o baixista Billy Cox. Com eles, Hendrix pretendia seguir novos caminhos, experimentar misturas. O álbum sai graças à produção de sua meia irmã, Janie Hendrix, ao lado de Eddie Kramer e John McDermott.

Incrível

Uma mistura de rock com soul dançante e empolgante, “Let Me Move You” chega como uma das mais importantes gravações da carreira de Hendrix. É incrível como uma gravação de março de 1969 pode soar tão inovadora e contemporânea em 2013.
Impressionante o casamento entre o estilo de Hendrix com o suingue do saxofonista e cantor Lonnie Youngblood.

Por todos os lados estão versões bem bacanas de músicas já lançadas, como “Easy Blues”, lançada originalmente em 1981 e aqui com ares de improviso.

Destaca-se uma versão para “Crash Landing” que impressiona pela marcante presença de um órgão – que ninguém sabe quem executou (!).

Há também músicas baseadas em solos mirabolantes, aqueles com a assinatura de Hendrix, como “Izabella” e “Somewhere”, mas também há outros mais objetivos, como nesta versão para “Earth Blues”. Vale destacar ainda o encarte, com textos sobre cada uma dessas relíquias.

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