MÚSICA

Chico Buarque se apresenta em BH embalado por manifestações de apoio a Lula

Paulo Henrique Silva
phenrique@hojeemdia.com.br
08/10/2022 às 13:58.
Atualizado em 08/10/2022 às 14:12

Chico Buarque retorna neste sábado e domingo ao palco do Minascentro (Ana Viana/Divulgação)

Chico Buarque esquece a letra e pede ajuda ao maestro Luiz Carlos Ramos, sob aplausos do público. Pouco depois, durante a música "Bancarrota Blues", aproveitou a situação para comentar que já pensou em colocar um teleprompter à frente do palco, com o texto das canções, mas ficou receoso de alguém perguntar "Como o autor dessas músicas não sabe nem as letras?".

Um dos grandes nomes da música brasileira, com voto declarado em Lula, Chico Buarque está com 78 anos e diz não se importar em ser chamado de "esquerdopata, mamífero que mama nas telas do governo e até tchuchuca", mas não não aceita dizerem que ele compra as suas próprias canções, uma acusação que vira e mexe surge nas redes sociais.

É o momento em que ele mais conversa com o público durante a apresentação realizada no Minascentro, na noite de sexta-feira (7). O que não quer dizer que Chico não encontre outras formas de dizer o que pensa. Elas estão na escolha das músicas do repertório, recheada de instantes de pura emoção ao falar de esperança e de puxar um samba para "desmantelar a força bruta".

Convidada por Chico para participar da turnê de "Que Tal um Samba?", Mônica Salmaso entra sozinha no palco e, já na abertura, conquista o público ao cantar "Todos juntos somos fortes/ Somos flechas e somos arco/ Todos nós no mesmo barco/ Não há nada para temer", refrão de "Todos Juntos", presente no musical infantil italiano "Os Saltimbancos", adaptado pelo artista para o português na década de 70.

Mônica entabula outras quatro canções até chegar em "Paratodos", momento da entrada triunfal de Chico, que exibe, ao todo, 33 clássicos de seu repertório, com direito a homenagens a Tom Jobim e à irmã Miúcha, falecida em 2018. Afora uma bandana com o rosto de Lula, que o artista enrola no pescoço, não há qualquer outra menção política. Nem precisava. O gritos constantes de "Lula, Lula, Lula" serviram como um espetáculo à parte 

Com quatro dias de ingressos esgotados, Chico Buarque retorna neste sábado (8) e no domingo (9) ao Minascentro para fechar a sua passagem por Belo Horizonte. Depois segurá para Fortaleza, onde tem shows marcados para os dias 22 e 23 deste mês, no Centro de Eventos do Ceará. Curiosamente o último dia em BH coincide com a vinda à capital mineira de Lula, que fará uma caminhada na região central. 

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