CPM22 desacelera seu hardcore melódico no DVD "Acústico"

Cinthya Oliveira - Hoje em Dia
11/11/2013 às 08:56.
Atualizado em 20/11/2021 às 14:04

(Rafael Kent)

O CPM22 foi convidado em 2006 para fazer um acústico para a MTV. O grupo acreditava que não havia repertório nem mesmo vontade naquele momento. O desejo de desplugar a guitarra só veio depois da decadência da emissora musical.

Assim, em vez de contar com um canal de TV para a realização do DVD "CPM 22 Acústico" (Universal), o grupo contou com uma das maiores produtoras do país, a XYZLive.

"No disco 'Depois de um Longo Inverno', de 2011, nós mudamos um pouco o nosso som, arriscamos uma levada de ska em algumas músicas, colocamos uns metais. Vimos que era hora de uma mudança mais radical", conta o guitarrista Luciano Garcia.

Mesmo que haja muito romantismo nas letras do CPM22, o trabalho de criar novos arranjos e desacelerar as músicas para versões mais calmas não foi nada fácil. Foram sete meses de estúdio, definindo os detalhes para cada uma das 22 músicas inseridas no repertório.

Seleção

Não houve regras claras sobre como seria a escolha das músicas. A banda decidiu experimentar o máximo possível e selecionar as que ficassem bem em formato acústico. "Anteontem", por exemplo, ficou de fora.

"Só sabíamos que o show deveria ter 22 músicas, uma referência ao nome da banda. A primeira lista tinha mais de 30 e conseguimos reduzi-la para 25. Aí foi difícil cortar três, porque todas elas ficaram muito boas".

Na gravação e na construção dos arranjos, contaram ainda com amigos como Phil Fargnoli (que acabou de deixar o Dead Fish) e Daniel Ganjaman. Dinho Ouro Preto participa da faixa "Um Minuto para o Fim do Mundo".

O CPM22 abriu portas para o rock que tomou conta das rádios jovens desde a virada do século. Depois da banda, surgiram vários outros que misturam hardcore com romance.
"Quando fomos para o rádio, nosso som era novidade no Brasil. O problema é que, depois disso, apareceu muita coisa genérica. Na década de 80, a Legião Urbana não parecia com Paralamas, que não parecia com Kid Abelha. Cada um procurava seu estilo. Hoje o rock ficou muito genérico".

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