"Dama do Samba" resgata canções de Lourdes "Bocão" no Teatro Alterosa

Elemara Duarte - Hoje em Dia
13/06/2013 às 07:40.
Atualizado em 20/11/2021 às 19:05

A cor feminina no samba mineiro tem como uma das pioneiras a cantora e compositora Lourdes Maria (1927-1999). É nas águas desse repertório, ainda inédito em gravações, que navega Lúcia Santos, outra representante do ritmo por aqui. Nesta quinta-feira, às 21 horas, no Teatro Alterosa, a intérprete lança o CD "Lúcia Santos canta Lourdes Maria – A Dama Mineira do Samba", quando firma essa homenagem à precursora.

Este é o primeiro disco da cantora. Mas, aviso aos navegantes: estrada ela já tem. E, se o assunto é idade, Lúcia deixa pra lá. "Não mexa com isso não. Já sou uma mulher experiente. Isso mexe com a vaidade da gente", brinca a intérprete conhecida como a "Dama do Samba". Atualmente, Lúcia é a presidente da Associação Velha Guarda da Faculdade do Samba, com a qual se apresenta em todo país.

Nesta noite, Lúcia vem acompanhada do violonista Gilvan de Oliveira (diretor musical e arranjador do disco); do baterista Esdra Ferreira, o "Neném Batera", filho de Lourdes; de Rudney Carvalho no cavaco e bandolim; Geraldo Magela no violão de sete cordas; Kiko Mitre no baixo; Everton Coroné no acordeom; e Petterson Antônio na percussão.

O baú de "Bocão"

"Ela gravou apenas coisas caseiras, em fita. O apelido ‘Bocão’ é porque ela cantava muito bonito", lembra Neném, que guarda parte das composições da mãe e estima que ela tenha composto em torno de cem músicas.

No repertório de sete canções de Lourdes "Bocão", a maior parte é samba. Mas há também samba canção, toada e forró. "Elas falam da vida de boiadeiro, do amor e do Carnaval. Fizemos uma roupagem enriquecida no instrumental e na interpretação. É uma coisa que ninguém nunca viu", garante a cantora.

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