O ator e cantor Daniel Boaventura desembarca nesta quarta-feira (11) em Belo Horizonte com o show baseado em seu quarto disco, “One More Kiss”. No repertório, clássicos da música internacional como “My Way”, imortalizado na voz de Frank Sinatra, “Feelings”, do brasileiro Morris Albert, e um presente que ganhou da cantora e compositora norte-americana Diane Warren, “Time Stand Still” – no CD, interpretada em duo com a holandesa Trijntje Oosterhuis. A turnê já passou por Rio de Janeiro e São Paulo.
Boaventura diz que cantar “My Way”, embora seja um desafio, é também uma homenagem a Sinatra, de quem já interpretou outros sucessos, como “New York, New York” e “Moon River”. “Eu vejo da seguinte maneira: é admiração e respeito não só com ele, mas com Elvis Presley e outros grandes nomes que sempre escutei. Ele (Sinatra) tinha uma personalidade forte e voz marcante de barítono, eu também sou barítono. Queria cantar a música do meu jeito”, destaca Boaventura, cujo rosto é conhecido por seus trabalhos na telinha, como o malandro Nenê de “Guerra dos Sexos” (2012/2013), da Globo.
“Feelings” foi outro achado do cantor. A música que atravessa décadas, desde 1975, quando foi gravada pelo autor Morris Albert (Maurício Alberto Kaisermann), ganhou um novo suingue. “Ouvia ‘Feelings’ desde pequeno. É uma música que está no inconsciente coletivo, não só do brasileiro como do norte-americano, é um sucesso mundial. Não era regravado (havia muito tempo), é um clássico de um brasileiro, fiquei estimulado por isso. Mas a gota d’água, no bom sentido, foi quando Ricardo Leão mostrou o arranjo (que ele fez) para a música. Fiquei impressionado e decidi gravar”, explica.
No palco, Boaventura une o útil ao agradável, como ator e cantor. E destaca que o musical contribuiu para o crescimento na carreira dramatúrgica. “O musical me ajudou com disciplina e educação vocal, além de inteligência cênica. Faço musical há pelo menos 20 anos e, musical no estilo Broadway com elenco grande e orquestra, desde 2000. Sempre vi o lado cantor como uma complementação do lado ator e vice-versa”, ressalta o artista, que deu os primeiros passos na música, ainda à época de estudante. “Comecei a carreira como cantor em Salvador. Cantava desde a década de 80 nos festivais colegiais, de faculdades. Foi o canto que me levou ao teatro”, diz Boaventura, que abraçou a carreira profissional de cantor em 2008.