Djonga lança disco com participações de Milton Nascimento, Samuel Rosa e RT Mallone
'Quanto Mais Eu Como, Mais Fome Eu Sinto!' chega às plataformas às 18h13 desta quinta-feira (13)

“Já fiz pra alimentar nossas bocas
Hoje eu faço pra alimentar minha alma e meu espírito
É que eu ainda tenho fome”
O trecho é de 'Fome', uma das músicas do oitavo álbum do rapper mineiro Djonga que está sendo lançado nesta quinta-feira (13). Disponível em todas as plataformas digitais via ONErpm “Quanto Mais eu Como, Mais Fome eu Sinto!” é um retrato da atualidade, uma narrativa perspicaz e acurada das realidades social e antropológica contemporâneas. E traz convidados especiais: Milton Nascimento, Samuel Rosa e RT Mallone.
Djonga toma posse do papel de historiador e discorre com propriedade, inteligência e respeito sobre as mais diversas questões da atualidade. Nas 12 faixas do álbum é possível acompanhar o artista visitando lugares de dor, de desconforto, de depressão e de escassez, bem como de resiliência, de ressignificação de dores ancestrais, de amor, de vitória e de prosperidade.
A lírica é afiada e a escolha dos timbres, ritmos e sonoridades faz jus ao importante (e crescente) espaço que o rap ocupa na música popular brasileira: um lugar de riqueza, inteligência, empoderamento e diversidade cultural. Djonga surpreende com uma colaboração da lenda viva da música, Milton Nascimento, que traz sua genialidade para “Demoro a dormir”, faixa que fala sobre sonhos, frustrações e expectativas e nos presenteia com um refrão melódico marcante.
A potência mineira segue sendo representada por Samuel Rosa, que versa ao lado de Djonga em “Te esperto lá”, uma música que fala de forma forte e literal sobre a fome, ao mesmo tempo que apresenta uma pegada mais leve em que o hip hop flerta com o pop.
Em “Ponto de vista”, Djonga convida RT Mallone, rapper mineiro ganhador do “Nova Cena”, reality show da Netflix, para rimar sobre a perspectiva de um jovem periférico que conquistou seu lugar de destaque na sociedade. Por fim, a força da voz feminina de Dora Morelenbaum fecha o álbum na provocativa “Ainda", convidando o ouvinte a refletir sobre caminhos e escolhas.
“Quanto Mais eu Como, Mais Fome eu Sinto!” traz à tona o Djonga velho conhecido do público: amado por muitos, odiado por outros, temido por alguns, mas sempre alguém que não se preocupa em agradar e que não tem nenhum medo de pôr o dedo nas feridas.
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