CINEMA

Documentário de Armando Mendz explora a trajetória do movimento modernista em Minas Gerais

Da Redação
31/10/2022 às 10:23.
Atualizado em 31/10/2022 às 10:23
A pesquisadora Vera Casanova é uma das entrevistadas do documentário (Divulgação)

A pesquisadora Vera Casanova é uma das entrevistadas do documentário (Divulgação)

Minas Gerais, Amazonas, Bahia. Esses foram alguns dos estados visitados por Mário de Andrade em sua busca por descobrir as raízes do Brasil. As itinerâncias, realizadas de 1919 a 1929 por um dos principais expoentes do modernismo nacional, ajudaram a construir a identidade do movimento brasileiro. As jornadas ao território mineiro, em 1919 e 1924, são o mote do documentário “Uma Carta para Mário”, dirigido por Armando Mendz, que estreia nesta segunda-feira (31), às 19h30, no Cine Humberto Mauro.

A exibição, que é gratuita, integra as comemorações dos 120 do poeta modernista mineiro Carlos Drummond de Andrade. Os ingressos vão estar disponíveis na bilheteira do cinema 1h antes do início da sessão. O evento ainda conta com os filmes “Poeta de Sete Faces”, de Paulo Thiago, e “Umana Divina Geometria”, de Livia Raponi. O evento é parte das ações do programa “O Modernismo em Minas Gerais”.

O filme de Mendz parte de uma carta escrita por Luiz Ruffato a Mário de Andrade, em que o escritor de “Eles eram muitos cavalos” faz um relato das consequências da Semana de Arte Moderna de 1922 para a cultura de Minas Gerais e do país. O trabalho ainda conta com a participação do poeta mineiro Ricardo Aleixo, que interpreta trechos do poema “Noturno de Belo Horizonte”, escrito por Mário de Andrade a partir de sua visita à capital mineira em 1924.

Para o diretor de “Uma Carta Para Mário”, o filme é um registro afetuoso sobre o modernismo em Minas Gerais e seus desdobramentos.  “Ao mesmo tempo em que marca uma efeméride - os 100 anos da Semana de Arte Moderna de 1922 – o trabalho resgata e reflete sobre o legado do movimento modernista, que pensava o futuro no presente, mas sempre buscando nas nossas raízes a identidade brasileira. Que não negava nossas contradições, mas tentava abraçá-las. Um pensamento que foi, é e sempre será importante, assim como o próprio movimento, fundamental para a cultura brasileira do século XX e que, ainda hoje, ecoa na luta pela diversidade, pela liberdade de criação e no pensar o Brasil como possibilidade, não problema”, explica Armando Mendz.

O documentário traz entrevistas do filósofo e escritor Daniel Mundukuru e dos pesquisadores Vera Casanova, João Antônio de Paula, Isabelle Anchieta, Rodrigo Vivas, Leonardo Castriota e Denise Bahia. O documentário aborda o contexto histórico das primeiras décadas do século XX para o modernismo nacional e reflete, dos primórdios do movimento aos seus desdobramentos na contemporaneidade, sobre o cenário da literatura, artes plásticas e arquitetura em Minas Gerais e no Brasil.

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