Dublador de Buddy Valastro se surpreende com sucesso do reality culinário

FolhaPress
06/10/2015 às 11:59.
Atualizado em 17/11/2021 às 01:57

Pode não parecer, mas a voz de Leonardo DiCaprio falando português em "O Homem da Máscara de Ferro" (1998), do galã Robert Pattinson na saga "Crepúsculo" e de Buddy Valastro de "Batalha dos Confeiteiros" (Record) é a mesma: a do dublador Wendel Bezerra, de 41 anos. Ele, que começou a dublar ainda criança, diz que faz mais sucesso como o confeiteiro do que assumindo as falas dos galãs americanos.

Bastante reconhecido entre os profissionais de dublagem, Bezerra foi descoberto pelo público com o sucesso do personagem Goku, da animação "Dragon Ball". "O público que acompanha animações é apaixonado, e tive a sorte de fazer um herói bastante querido", conta Bezerra, que, agora, ampliou o leque de fãs. "O legal de fazer o Buddy Valastro é que comecei a ser seguido por mulheres de todas as idades, mamães e vovós, que são fãs do Cake Boss. É um público diferente. Eu não esperava que os programas de TV dele fizessem tanto sucesso por aqui e chegassem até a ter uma versão brasileira", conta Bezerra, que dubla Valastro há mais de seis anos na versão americana do programa, exibida pelo canal pago Discovery Home & Health.

A voz de Wendel Bezerra pode ser ouvida em versões brasileiras desde os anos 1980. "Quando criança, fiz personagens em filmes, como "Mulher Nota Mil" [1985], "Sem Licença para Dirigir" [1988] e na série "Jaspion" [1985]", lembra. Outro personagem marcante, ainda na infância, é do menino Jamie (Jerry Supiran) da série "Super Vicky" [1985-1989].

Criado em uma família de atores, Bezerra estreou no teatro aos quatro anos, como filho de Bibi Ferreira no espetáculo "A Gota d"Água", de 1978. Fez pontas em novelas e dublagens. "Eu me formei em direito, mas vi que o meu sonho era trabalhar com a voz", diz ele, que tem uma escola de dubladores.

Bordões

Responsável pela voz em português de Buddy Valastro desde a estreia da versão americana de "Cake Boss", no canal Discovery Home & Health, Wendel Bezerra diz que há pouca diferença entre dublar programas de TV, filmes ou séries. "Nesse caso, o texto também vem traduzido, mas nem sempre eu obedeço ao que está escrito. Com o tempo, comecei a sacar quais eram os bordões dele para deixar a dublagem o mais natural possível. Quando o Buddy faz certos sons, ou diz "baby", achei melhor manter do que inventar algo novo", diz Bezerra. "Em filmes ou séries, você está sempre interpretando um personagem, mas, em programas de TV, é preciso soar mais natural e lembrar de que estou falando com a pessoa que está ali na minha frente"
 

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