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As afinidades musicais entre o paulistano radicado no Rio Max Robert e a cantora mineira de Cataguases Marcê Porena viraram disco. As canções de “Entre a Mata, o Mar e o Amor” são também resultado da paixão de ambos pelas belezas naturais dos dois estados. O duo lança o trabalho na próxima terça-feira, no palco do Sesc Palladium.
“Contamos apenas com duas participações nesse álbum que, coincidentemente, se trata de um carioca e um mineiro”, diverte-se Robert, instrumentista que já integrou a banda O Terço.
Personagens como Yara e Tupã, da mitologia tupi-guarani, fazem parte das imagens que inspiraram algumas músicas, como “Ligeiro” e “Todo Dia é Santo”.
“O disco propõe um diálogo com manifestações das cultura oral e popular brasileira. Fizemos a fusão das obras de caráter popular e do universo erudito nesse trabalho”, conta o músico.
Os arranjos em formato voz e violão ganharam efeitos percu com ssivos de sons da natureza.
“Precisávamos trazer esse universo das montanhas e serras de Minas e o mar do Rio para as canções”, justifica.
O show vai ser pautado por canções autorais, mas ganhou também um tempero de clássicos como “João e Maria”, de Chico Buarque e Sivuca, e “É doce morrer no mar”, de Dorival Caymmi.
“É um show autoral com um toque de clássicos, para não ficar tão distante do público, pois estamos testando essas novas canções”, comenta o instrumentista.
“POR CAUSA DE VOCÊ”
Paralelamente a essa apresentação a dupla também apresenta o show “Por Causa de Você”, neste sábado (14) e domingo (15). Trata-se de uma homenagem a Dolores Duran. O projeto, que está na estrada desde 2009, ressalta o lado compositora da artista que morreu aos 29 anos.
“Precisamos valorizar a figura do compositor que é algo esquecido atualmente”, acredita Max Robert, que conheceu a obra de Dolores por meio da colega Marcê.
Canções como “Estrada do sol”, “Por causa de você”, em parceria com Tom Jobim, e “A noite do meu bem” ganharam roupagem contemporânea e estão no set list do show, que conta com 15 músicas em formato voz e violão.
“Nos sentimos meio coautores da obra de Dolores, pois colocamos nossa identidade na música”.