Emilia Clarke cede seu brilho a 'Exterminador do Futuro - Gênesis', lançado recentemente em DVD

Paulo Henrique Silva - Hoje em Dia
Publicado em 30/11/2015 às 07:48.Atualizado em 17/11/2021 às 03:08.
 (Paramount/Divulgação)
(Paramount/Divulgação)

Uma garota que altera o seu futuro, prefere não se “acasalar” como parte de uma espécie de profecia e surpreende seu suposto protetor exibindo bastante autonomia.

Em poucas linhas, essa é a principal mudança da quinta parte de “O Exterminador do Futuro”, intitulada “Gênesis”, e lançada agora em DVD, sobre os filmes anteriores da franquia, iniciada em 1984.

Naquela época, Arnold Schwarzenegger era mais conhecido pelos sete títulos no concurso de fisiculturismo Mr. Olympia, escolha apropriada para um ciborgue assustador.

Depois de alguns anos dedicados à política, assumindo o posto de governador da Califórnia, ele retorna à série (o austríaco só participou dos dois primeiros longas) como um... pai.

Paizão

Os roteiristas não precisaram fazer alguns malabarismos na trama, reescrevendo alguns acontecimentos, justificados por uma mudança na linha temporal dos personagens.

Nada que possa assustar os fãs da franquia de ficção científica. As alterações são coerentes e até mesmo divertidas, pois não deixam de homenagear os outros filmes.

O que chama mais a atenção, porém, é a inversão de papéis entre o robô assassino e a garota indefesa e ingênua, que precisava ter um homem viril ao seu lado para sobreviver.

Se no segundo longa o T-100 já era um amiguinho do futuro líder da resistência contra as máquinas, após ajustes nas suas diretrizes, agora virou um pai zeloso e ciumento.

Esses momentos de “paizão” são engraçados, mas também ternos, nos momentos em que ele se sacrifica em prol da filha, sendo a única referência de Sarah Connor.

Na década de 80, ela era sozinha, mal tinha noção do que o futuro guardava para ela e para o planeta. Nessa repaginada, virou uma guerreira como a Katniss de “Jogos Vorazes”.

Elos familiares

Não se trata de uma mudança forçada, mesmo que os roteiristas tenham se atentando para essa onda de personagens heroicas, porque a bravura já era prevista na série.

O que fizeram foi apenas antecipar essa empoderamento, que se desenvolvia na segunda parte. O tom apocalíptico e soturno do filme de 1984 dá lugar à superação pelos elos familiares.

A condução do diretor Alan Taylor, que trabalhou em várias séries famosas da TV (“Game of Thrones” é a mais recente), conduz de forma a imprimir uma atmosfera esperançosa.

O seu olhar se dirige a uma família não tradicional, com um pai postiço, que não tem o mesmo “sangue” de Sarah, e um marido que vem do futuro, cheio de pré-julgamentos sobre quem deveria salvar.

Confira o trailer do filme:

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