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Começa uma virada na trama de "Escrava Mãe" (Record). Conduzidos pelo ódio, Almeida (Fernando Pavão) e Maria Isabel (Thaís Fersoza) maltratam cada vez mais os escravos para tentar descobrir o paradeiro de Juliana (Gabriela Moreyra) e Miguel (Pedro Carvalho). Depois de açoitar violentamente Sapião (Sidney Santiago), a situação sai do controle, e Almeida vê uma rebelião se formar.
"A gente sempre leu uma narrativa muito pacífica sobre a escravidão, porque todos os levantes e rebeliões foram silenciados pela história oficial do país. Em cenas como essas, damos uma dimensão mínima do que foi a luta pela liberdade", opina o ator Sidney Santiago.
Ele explica, no entanto, que a reação do grupo na trama não será suficiente para dominar os vilões. "Ainda não é o tipo de rebelião que toma a casa grande. Há mais o tom de uma tentativa de humanização dessa obra escrava", diz Santiago.
No entanto, os próximos capítulos prometem ser agitados. Depois de ver Sapião sofrer no tronco, Tia Joaquina (Zezé Motta) começa a bater as suas algemas em forma de protesto. Homens levantam suas foices e tentam intimidar os senhores de escravos. Almeida e Maria Isabel não recuam, e Joaquina chega a dar um tapa na cara da vilã. Para piorar, Juliana e Miguel são capturados durante a fuga. Os escravos, então, encurralam Maria Isabel e exigem que Almeida a troque por Juliana.
"Os castigos dos senhores aos escravos eram comuns naquela época, mas o Almeida tem uma dose de sadismo. O poder para ele é algo interessante e sedutor. Com essa personalidade, ele não vai admitir um levante, vai querer mostrar quem manda lá", conta o ator Fernando Pavão.