Esperanza disponibiliza ‘Z’ nas plataformas digitais

Patrícia Cassese - Hoje em Dia
24/08/2015 às 07:47.
Atualizado em 17/11/2021 às 01:28

(Téssalia Serighelli)

A letra “Z” batiza o recém-lançado disco do Esperanza (lançamento Sony Music) com propósitos bem definidos. “A gente gosta da estética dela e, também, é uma letra forte e a que mais se sobressai no nome do grupo”, diz Artur Roman, um dos vértices da empreitada, ao lado dos parceiros Wonder Bettin e João Davi. Aliás, Artur lembra que o Z poderia ser uma representação criativa do algarismo romano I triplicado – o que remeteria ao número de componentes.

Produzido pelo “dispensa apresentações” Kassin, o petardo (disponibilizado também digitalmente, dentro da estratégia “New Music Fridays”) traz uma série de músicas inéditas, como “Vem Pra Ficar”, não aleatoriamente escolhida como single. O intuito é espelhar o clima de leveza e alegria que norteia os meninos. “Tem uma coisa meio Tim Maia nela, dançante, uma roupagem que nunca tínhamos feito antes”, diz Roman.

Mas Artur também ressalta a balada “Batimento”, “uma música que a gente já tinha há muito tempo, mas que estava inacabada. O Kassin gravou o baixo e chamou um naipe de cordas. Quando a gente ouviu o resultado, foi de arrepiar, superou as expectativas”.

EX-SABONETES

O Esperanza, quem acompanha a nova cena musical brasileira sabe, deriva do grupo Sabonetes, que nasceu nos corredores do curso de Comunicação Social da UFPR, em Curitiba. À época de sua criação, em 2004, o Sabonetes, na verdade, era um quarteto. Algumas mudanças na formação, naturais na caminhada de muitos grupos, resultaram no trio.

O nome Esperanza veio, acredite, de um sonho. “No período de pré-produção – que a gente passou em um sítio, ensaiando 15 horas por dias –, tive um sonho bem intenso, e acordei com esse nome martelando”, rememora Artur.

Mas não só. Ele cita também o livro “Tristessa”, do beatnik Jack Kerouak. “Nele, o personagem, que é meio um alter ego do Kerouak, se apaixona por uma índia, de nome Esperanza”. O martelo, portanto, foi batido.

A LEVEZA DO PROCESSO

Com nada menos do que 30 músicas iniciais para peneirarem, os meninos brincaram que tinham, na verdade, três discos no horizonte. “A escolha (das faixas) foi muito guiada pela vibe, essa coisa mais pra cima, que a gente falou”, diz Artur, acrescentando que Kassin deixou o trio muito à vontade. “Não teve aquela coisa de podar ideias. Prevaleceu um clima de muita leveza, e isso é muito transparente no disco, que reflete a alegria e leveza do processo. Foi tudo muito espontâneo, alegre...’

Em tempo: os meninos têm longa relação de amor com a capital mineira. “A gente já fez vários shows aí, em casas como A Obra, no Matriz, todo lugar que dava... Paramos para nos dedicarmos ao disco, mas a gente não vê a hora de voltar”, assegura. Junto a Mutantes, tropicália e Bossa Nova, o Clube da Esquina é, sim, uma referência.

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