Espetáculo 'Agosto' estreia nesta sexta em BH depois de fazer sucesso no Rio e em SP

Jéssica Malta
04/10/2019 às 08:57.
Atualizado em 05/09/2021 às 22:04
 (Fotos: Silvana Marques)

(Fotos: Silvana Marques)

A história dos Weston, obrigados a se reunir após o sumiço de um dos parentes, já foi vista no cinema, em 2013, quando a trama inspirou o filme “Álbum de Família”, com Meryl Streep e Julia Roberts. Agora é a vez de o público ver a narrativa, escrita por Tracy Letts e premiada com o Pulitzer e o

Tony, com um tempero brasileiro no espetáculo “Agosto”. A adaptação, que tem direção de André Paes Leme e produção da mineira Maria Siman, estreia hoje em Belo Horizonte. 

A partir do encontro familiar, a trama coloca em cena os conflitos e sentimentos que envolvem uma relação conturbada entre parentes. Para a atriz Guida Vianna, é nesse enredo traçado entre os personagens que a peça se aproxima do público. 

“Todo mundo tem família e em algum momento eles reconhecem uma tia, um avô, um irmão ou alguém que tem um ressentimento com outro. Não há como não se identificar”, acredita.

Sucesso

Premiada como melhor atriz pelo APTR e o Cesgranrio, Guida destaca a experiência de interpretar Violet, a matriarca da família e uma das protagonistas da história. 

“Tem sido maravilhoso, porque acho que, aos 65 anos, apresento um trabalho mais maduro que tem sido reconhecido também pelo público”, diz ela, destacando o retorno positivo que o espetáculo tem alcançado. 

Outro ponto que contribui para o sucesso de “Agosto” é o formato tradicional da montagem. “O teatro há muito abandonou o texto sólido, mais tradicional, que tem começo, meio e fim. A gente está muito na performance, que é sempre um recorte da realidade. A peça resgata esse texto da palavra e isso tem tido um resultado bom na plateia, porque ela fica comovida por acompanhar toda a trama”.

O êxito da peça – que já teve quatro temporadas no Rio, duas em São Paulo e um circuito por dez cidades cariocas – é visto pela atriz como mais uma prova da potência do teatro, mesmo em tempos difíceis. 

“Ele sobreviveu e sobreviverá a todas as crises, porque é um lugar de encontro do ser humano com os próprios conflitos e dúvidas. Toda peça levanta uma situação em que você pode espelhar a realidade, não como uma forma de mensagem, mas como uma problemática”, argumenta. 

Definindo a arte teatral como um reflexo da realidade, Guida ressalta ainda mais a potência da linguagem artística. “O teatro coloca no palco as relações afetivas de que o ser humano precisa para interagir com a realidade”, diz. 

“Agosto”, de sexta a domingo no Teatro do Centro Cultural Minas Tênis Clube (rua da Bahia, 2.244 – Lourdes). Ingressos: R$ 70 (inteira) e R$ 35 (meia)

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