Estilistas Dolce & Gabbana condenados a prisão por fraude fiscal

AFP
19/06/2013 às 13:28.
Atualizado em 20/11/2021 às 19:16

ROMA - Os estilistas italianos Domenico Dolce e Stefano Gabbana foram condenados nesta quarta-feira (18), em primeira instância, a um ano e oito meses de prisão por uma fraude fiscal avaliada em um milhão de euros, informou a imprensa.

Os dois eram acusados de ter passado o controle de várias marcas do grupo a empresas de fachada com sede em Luxemburgo para não pagar impostos na Itália.

A promotoria havia solicitado uma pena de dois anos e seis meses de prisão. Os advogados dos estilistas anunciaram que recorrerão da sentença, o que suspende a execução da pena.

Dolce e Gabanna, que vestem estrelas como as cantoras Madonna e Beyoncé, sempre rejeitaram as acusações.

Eles são acusados, junto com outras cinco pessoas, de terem formado uma série de sociedades de fachada - entre elas a Gado - em Luxemburgo em 2004 e 2005 e de terem cedido o controle de pelo menos duas de suas marcas com o objetivo de escapar do fisco italiano, quando, na realidade, essas empresas eram administradas na Itália.

A promotora Laura Pedio considerou o crime uma "fraude fiscal sofisticada" confirmada com "provas sólidas como rochas".

"Os estilistas participaram ativamente dela, assinando contratos de cessão de marcas", ressaltou, considerando que a Gado era "uma espécie de nebulosa com a consistência do gás".

Outro promotor, Gaetano Ruta, considerou que "a Gado era uma construção artificial cujo objetivo era obter uma vantagem fiscal, que finalmente conseguiram".

A Dolce e Gabbana, fundada em 1985, emprega mais de 3.000 pessoas, tem 250 pontos de venda em 40 países e teve um volume de negócios de cerca de 1 bilhão de euros no exercício 2011/2012.

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por