Estreia do fim de semana, "O Último Desafio" mistura ação e humor

Paulo Henrique Silva - Do Hoje em Dia
17/01/2013 às 10:14.
Atualizado em 21/11/2021 às 20:43
 (Divulgação)

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"O Último Desafio", estreia do fim de semana, tem uma violência não-realista, que geralmente resulta em humor. O filme é, sim, auto-referencial em relação à presença de Arnold Schwarzenegger, em seu segundo filme após deixar a política de lado (ele foi governador da Califórnia).

À certa altura, o personagem do Mister Universo brinca dizendo que já está velho para bancar o fortão, num chiste dirigido ao tipo brutamontes que desempenhou nas décadas de 80 e 90, como "Exterminador do Futuro", "Comando para Matar" e "Conan, o Bárbaro".

O ator austríaco vive o xerife de uma cidadezinha na fronteira com o México, lugar ideal para iniciar a contagem regressiva para a aposentadoria. Mas um perigoso traficante cruza seu caminho e só ele poderá deter sua fuga para o outro país.

Aposentadoria

É uma forma divertida de justificar o retorno de Schwarzenegger à ação, como se ficção e realidade se fundissem. Algo que também Sylvester Stallone – outro conhecido senhor músculos de 30 anos atrás – fez muito bem em "Rocky Balboa", reativando o boxeador a partir de sua aposentadoria dos ringues.

Assim como Stallone reacende no nosso imaginário o Balboa dos cinco filmes anteriores, criando uma síntese melancólica de um campeão, o grandalhão famoso pela frase "I’ll be back" (de "Exterminador do Futuro 2") refaz em "O Último Desafio" o gênero de ação dominante em seus tempos áureos.

Ação e Humor

Um de seus ajudantes molengas (Luis Guzmán) segura uma espada e faz pose. Quem conhece a filmografia de Schwarzenegger não terá dificuldade em identificar a citação ao personagem Conan, filme que lançou o austríaco ao sucesso. O que não quer dizer que seja um filme para "iniciados".

Dirigida pelo sulcoreano Jee-woon Kim (do cultuado "Os Invencíveis"), a produção retoma as tramas de ação e humor que andavam faltando em nossas telas, com vilões exibidos que acham que podem tudo e heróis que chegam à essa condição quase sem querer – o brasileiro Rodrigo Santoro faz contraponto ao rosto de uva-passa de Schwarza. Sem pretender ser realista como no gênero atual, faz a gente deliciosamente gritar "truco" a cada cena.

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