Ética, prosa, suco de laranja... e nasce um livro!

Elemara Duarte - Hoje em Dia
07/05/2014 às 07:43.
Atualizado em 18/11/2021 às 02:28

(Gabriel Araújo)

O filósofo e o professor da foto acima estão desiludidos com o mundo. Mas para isso, acreditam, há uma solução, ou várias. Algumas destas possibilidades aparecem no diálogo entre os dois intelectuais – Mario Sergio Cortella e Clovis de Barros Filho, respectivamente – registrado no livro “Ética e Vergonha na Cara!” (Editora Papirus 7 Mares). Uma degustação desse “papo-cabeça” pode ser conferida nesta quarta-feira (7), às 19h30, no Grande Teatro do Palácio das Artes.

Vocês estão desiludidos com o mundo? “Se você entende desiludido na perspectiva das evidências e do senso comum, de que poderá chegar a um mundo melhor e, na visão de Max Webber (sociólogo que viveu entre 1864 e 1920), como ‘desencantado’, estamos desiludidos, sim”, admite Barros, que também é Consultor em Ética da Unesco.

Porém, Barros acredita que o homem tenha condições suficientes de se aperfeiçoar. Ele e Cortella são convidados do projeto “Sempre Um Papo”, onde os participantes vão entender a dinâmica dos diálogos do livro.

Para a narrativa de “Ética e Vergonha na Cara!”, os dois pensadores se reuniram no apartamento de Barros e foram falando sobre o tema “ética”.

Assim, nasceu o livro. Em um parto que durou meia-dúzia de horas acompanhadas com amendoins e alguns volumes de suco de laranja ou Coca-Cola “Zero”. “Reunião de professor tem indigência econômica”, ironiza Barros, sobre o cardápio com pouca sustância.

A conversa foi gravada e o único trabalho da editora do livro foi o de criar capítulos para que a conversa “parecesse” um livro. Assim, fica fácil...Mas, nem tanto.

Afinal de contas, de forma simples, como podemos entender a ética, caro professor? “É o exercício coletivo da razão com vistas do aperfeiçoamento da convivência”. Haja trabalho!

E a “vergonha na cara”, onde fica? “Vergonha é um sentimento particular da tristeza cujo causador é si próprio, como se envergonhar de si mesmo e não atingir certas metas”.

Vê-se que a ética pode ser uma vacina eficiente para muita tristeza.

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