
Quem passeia pelo circuito jazzístico de Belo Horizonte já deve ter percebido que há uma turma muito jovem e talentosa disposta a mostrar suas composições. O baterista Felipe Continentino é um bom exemplo disso. Ele acaba de lançar seu primeiro álbum, homônimo, com sete faixas autorais.
Foram apenas três dias de gravação. Seis faixas foram gravadas ao vivo com a banda em dois dias. O terceiro dia ficou reservado à faixa “Fractal”, em que Continentino gravou violão, bateria e voz, enquanto o amigo Frederico Heliodoro, que tocou em todas as faixas, fez a guitarra e baixo.
Continentino contou ainda com Breno Mendonça, no saxofone, e Pablo Passini, na guitarra. Eles participaram sem cachê – na “brodagem”, como se costuma dizer no meio da música –, já que o disco não contou com recursos de lei de incentivo. Continentino explica que, conceitualmente, a base do disco é a simplicidade.
“O álbum foi todo composto no violão, que é um instrumento que eu não domino. Não quis fazer nada que eu não tivesse certeza de que pudesse tocar. Mas não foi só por causa da falta de domínio do instrumento. Eu realmente gosto de harmonias simples”, afirma o músico, que prefere não rotular o álbum de jazz. “Como há outras influências, costumo dizer que é música instrumental contemporânea”.
Experiência
O músico nasceu em Belo Horizonte, mas foi criado em Cataguases. Voltou para cidade natal há três anos e, desde o ano passado, faz bacharelado de bateria no curso de Música Popular da UFMG.
Aos 21 anos, o rapaz pode dizer que já tocou com Toninho Horta, Danilo Caymmi, Roberto Menescal, Leo Gandelman, Juarez Moreira, Cliff Korman, Lupa Santiago, Chico Amaral, entre outros. Hoje, faz parte do grupo jazzístico IEX - Inevitável Experiência e da banda de rock Ultratones.
Leia mais na edição digital