O festival "Cidade Hip Hop" nasceu com a ideia de receber um público amplo, não formado apenas por aqueles principais consumidores e produtores de rap, break e graffiti. Deu certo. "Desde a primeira edição, conseguimos atingir um público para além do hip hop", afirma Rômulo Silva, um dos organizadores.
Essa quebra de barreiras é uma das linhas seguidas pela terceira edição do evento, que dessa vez ocupa o Espaço CentoeQuatro, até domingo (26). Realizado com recursos da Lei Estadual de Incentivo à Cultura, o evento, gratuito, conta com shows, exposições, seminários, workshops e espaços de vivências da cultura das ruas, onde o público poderá ter a experiência de ser grafiteiro, rimador, DJ ou beatmaker.
Vivências
Os shows, claro, são o ponto alto do festival. Essa edição conta com artistas locais – Blittz (Crime Verbal), Coletivo Dinamite, Fabrício FBC e Matéria Prima, entre outros – e de destaque nacional – como o comentado Rael e o racional Edi Rock, que se apresentam no evento sábado e domingo, respectivamente.
Haverá, ainda, a exposição "O Graffiti no Ritmo da Música Mineira", na qual dez grafiteiros da região metropolitana de Belo Horizonte fazem releituras de capas de discos representativos da música mineira. Além disso, o evento vai abrigar trocas de experiências entre artistas.
"Queremos trazer um pouco das reflexões sobre cenário local e global, específico e amplo, sobre a cena hip hop", explica Rômulo Silva. "O hip hop tem ultrapassado as fronteiras e dialoga com outras realidades e referências musicais. Por isso convidamos o Rael e o Edi Rock para o evento".
Assim, a atual leva de popularização do rap (com a fama de Criolo, Emicida, Rael, além do retorno midiático dos Racionais MCs) certamente será tratada nos debates e workshops. "Quanto mais pessoas ouvirem rap, melhor para o movimento", diz Silva.
Serviço
Cidade Hip Hop 2013 rola no Espaço CentoeQuatro (Praça Ruy Barbosa, 104), desta quinta-feira (23) a domingo (26). Confira a programação gratuita em http://www.cidadehiphop.com.br.