Festival de Teatro em Miniatura é opção para criançada no feriado

Miguel Anunciação - Do Hoje em Dia
11/10/2012 às 09:06.
Atualizado em 22/11/2021 às 02:00

(Maikon Rangel/Divulgação)

Mais um festival de artes cênicas apresenta suas armas à cidade: começa na sexta-feira (12) a oficina “Teatro de Papel: Experiências Cênicas”, primeira atividade do “Festim – Festival de Teatro em Miniatura de Belo Horizonte”, promovido pelo grupo Girino Teatro de Animação. Cumpre dizer que não é apenas mais um festival, como tantos outros: embora a arte que destaque tenha dimensões (bastante) reduzidas, suas repercussões são inestimáveis.
Pena, o prazo de inscrições para a oficina encerrou dia 8. Os 20 primeiros a sinalizarem interesse travarão contato com o teatro de papel. Durante cinco horas consecutivas, sem custos. “É uma técnica clássica e interessante, que produz bonecos chapados, bidimensionais”, informa Tiago Almeida, do Girino.

Nove atrações

Mais atrações acontecem domingo agora, dia 14: entre 14 e 18h, no Esquyna Espaço Coletivo Teatral, na Sagrada Família, nove atrações (de BH, Porto Alegre, Curitiba, São Paulo e Ouro Preto) cumprem dez sessões pela “Mostra de Teatro Lambe Lambe e Experiências Cênicas em Miniatura”. Ingressos a R$ 10 e R$ 5 (meia).

Escaladas pela última edição do FIT/BH, lambe-lambe e miniaturas seriam possibilidades especialmente ricas. No mínimo, promovem o encontro praticamente tête-à-tête entre artistas e público. “Uma relação mais próxima e mais cúmplice, olho no olho”, diz Tiago.

Outra mostra dos mesmos dois gêneros vai ocorrer graças ao Festim, no próximo dia 17, das 14 às 17h, no Centro Cultural da UFMG, no Centro. Oferece 11 sessões curtas e não cobra ingressos.

Teatro de papel

Experimentada desde o período do Renascimento (na Europa, entre o final do século XIII e meados do XVII), o teatro de papel começou imitando basicamente os personagens das óperas e os espetáculos mais conhecidos. Era exibido em ambiente doméstico, como diversão para membros da famílias e amigos.

No Brasil, a técnica viria sendo mais explorada pelo grupo O Casulo, da professora e pesquisadora da USP, Ana Maria Amaral, desde os anos 80. Mais recentemente, seria explorada também pela Cia Fios de Sombra, de Campinas (SP).

Formado em 2006, por Tiago Almeida e Iasmim Marques, ex-alunos da Belas Artes (UFMG), o grupo Girino também viria experimentando o teatro de papel. Outras formas animadas também. Assim, produziu três montagens, nenhuma contou com benefícios de recursos públicos: “Só com apoios, recursos próprios e o retorno de bilheteria”, afirma Tiago.

Debate e revista

O Festim também inicia sem ajuda pública. Além da oficina e das duas mostras, programa ainda um café-debate, com pesquisadores de formas animadas de vários estados. Acontece no Centro Cultural da UFMG, às 19 horas do próxima quarta, com entrada franca.

Na ocasião, será lançado o número “zero” da revista Anima. Traz entrevistas, artigos, textos sobre a técnica de miniaturas e fotos que traçam relações entre linguagens diferentes. Exemplo do teatro de papel e a obra de Nazareno, artista de São Paulo.
 

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